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​Arcebispo de Évora manifesta “total apoio” às Monjas de Belém

25 jan, 2020 - 17:13 • Eunice Lourenço

Comunicado da diocese defende congregação depois de reportagem da RTP.

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O arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, manifesta o seu “total apoio” à Família Monástica de Belém da Assunção da Virgem e de São Bruno, conhecida como “Monjas de Belém”, e defende a sua presença na diocese, onde têm o seu único mosteiro em Portugal.

A defesa do bispo, expressa num comunicado divulgado este sábado, segue-se a uma reportagem transmitida pela RTP, no programa “Sexta às 9”, na qual o pai de uma jovem que fez uma experiência vocacional naquela ordem acusa a congregação de “lavagem cerebral”.

A reportagem também faz referência a saídas da ordem ocorridas, sobretudo, em França que levaram a que a própria congregação pedisse uma visita aos mosteiros por parte dos responsáveis pela vida religiosa no Vaticano.

“A presença da Família Monástica de Belém, da Assunção da Virgem e de São Bruno, no Mosteiro de Nossa Senhora do Rosário, na Arquidiocese de Évora, cumpre todos os requisitos legais e canónicos”, lê-se no comunicado divulgado este sábado, que explica que a comunidade do Mosteiro de Nossa Senhora do Rosário, situado no Couço, é acompanhada com a assistência religiosa de um padre da Arquidiocese de Évora e tem “o total apoio e proximidade” do arcebispo.

“Como em todas as comunidades humanas e religiosas, nem todas as experiências vocacionais correm pelo melhor. Contudo, a Arquidiocese de Évora reza por todas as experiências quer sejam positivas quer sejam negativas”, reconhece a arquidiocese. E terá sido o que aconteceu com a jovem cuja história está na base da reportagem, que pretende fazer uma experiência de vida religiosa noutra ordem.

O comunicado também conta que D. José Senra Coelho se deslocou ao Mosteiro no dia 19 deste mês, onde deu “uma entrevista de cerca de hora e meia na qual respondeu a todas as perguntas colocadas pelo jornalista” e facultou todos os documentos oficiais em sua posse.

“Perante todos os esclarecimentos prestados ao programa, na longa entrevista concedida, na qual estiveram também presentes duas irmãs da Comunidade do Mosteiro, o arcebispo de Évora entendeu não dever participar no programa em direto. Lamentavelmente, dessa longa entrevista concedida, na reportagem emitida foram citados apenas alguns escassos e insignificantes momentos”, lamenta o bispo, em comunicado.

“A Arquidiocese de Évora e o seu arcebispo estão disponíveis para todos os esclarecimentos que sejam tidos como necessários sobre a presença na Arquidiocese da Família Monástica de Belém, da Assunção da Virgem e de São Bruno e sobre o Mosteiro de Nossa Senhora do Rosário”, continua o comunicado, que faz também uma breve história da presença desta ordem em Portugal. E conclui: “O mosteiro tem sempre a porta aberta às pessoas que desejem respirar a sua paz, na solidão habitada por quem deixou tudo por Deus”.

Comentários
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  • Maria
    26 jan, 2020 13:38
    A vida monástica é um estilo muito difícil de compreender… e também para um psiquiatra que, por acaso, é pai de uma jovem que saiu do seu controlo e por isso começou a ver mal onde ele não existe. Certamente a rapariga é mais livre no mosteiro (pois Deus criou-nos para a liberdade) do que na casa do pai, que parece ser um grande manipulador. É triste que alguns jornalistas que se apelidam de investigação, sejam joguetes de manipuladores. Total solidariedade com as Monjas de Belém!
  • Desabafo Assim
    25 jan, 2020 19:13
    Não deixa de ser grande a distancia entre estes dois mundos em que vivemos, quando se diz “quando acordas a meio da noite não fiques sem nada fazer (pois o diabo pode vir e encontrar-te na preguiça), reza, gera capital, dinheiro divino, quando tiveres dores não sofras em vão, esconde-o dos outros e oferece-o a Deus “sofro muito mas não digas à minha mãe”. Vejo que é um homem de bem mas de nada servem as minhas palavras para o elucidar, tem de pedir a quem é de direito (esse entendimento).

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