08 fev, 2020 - 21:31 • Teresa Paula Costa
Cerca de 300 escuteiros de todo o país estão neste fim de semana reunidos em Leiria na primeira edição do ADRO.
O evento surge da consciência da identidade católica do CNE e da reflexão sobre a sua realidade atual e tem por objetivo proporcionar formação pessoal e espiritual dos adultos dirigentes com vista a uma mais adequada e profunda animação e vivência da fé nas unidades e agrupamentos.
O balanço é positivo. Ana Silva, dirigente no agrupamento 597 de Tires contou à Renascença que teve “a oportunidade de participar em ateliers muito focados nas técnicas de oração” que lhe forneceram ferramentas para “tornar os momentos de oração mais interessantes e mais apelativos para os miúdos com quem nós trabalhamos!.
"Conseguimos também aproximá-los de Deus e isso é muito importante.”
Tão mais importante porque, por vezes, é difícil cativar as crianças e os jovens. Liliana Gonçalves, outra dirigente do mesmo agrupamento, revelou que, por vezes, as crianças e os jovens “vão obrigados ou sem grande vontade". Por isso são importantes “as técnicas” que aprendeu no evento, mas também a consciência da noção de “abertura ao outro”.
O evento é composto por várias sessões temáticas que decorrem em simultâneo em vários locais do seminário de Leiria. João Costa foi escuteiro, hoje é o Secretário de Estado adjunto e da Educação e foi falar de igualdade de género. "Um princípio que os dirigentes escuteiros têm é a responsabilidade de transmitir", disse à Renascença.
Defendendo que “o escutismo é um movimento educativo informal em que os jovens encontram muitas vezes um espaço diálogo, um espaço que, às vezes, não têm na família, para partilhar dúvidas e inquietações”, João Costa considerou que ele “tem todo o potencial para ser também um espaço de esclarecimento, de liberdade e de crescimento em conjunto".