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Pandemia de Covid-19

Coronavírus. ​Papa pede pequenos atos de amor pelos outros, sem sair de casa

18 mar, 2020 - 19:35 • Aura Miguel

Francisco afirma que o fato de os italianos não pagarem impostos em Itália “prejudicou capacidade do país em acolher doentes” face à propagação do coronavírus.

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“Precisamos redescobrir a lado concreto das pequenas coisas, pequenos gestos de atenção que podemos oferecer às pessoas próximas a nós, à nossa família, e amigos. Precisamos entender que em pequenas coisas está o nosso tesouro”, afirmou esta quarta-feira o Papa Francisco numa breve entrevista ao diário italiano “La Repubblica”.

Francisco deu como exemplos "uma refeição quente, uma carícia, um abraço, um telefonema” como “gestos familiares de atenção aos detalhes da vida cotidiana que tornam a vida significativa e que criam comunhão e comunicação entre nós", disse o Papa.

Nesta entrevista, o Papa Francisco também revelou porque foi, no passado domingo, rezar diante do antigo crucifixo do século XVI, na Basílica de São Marcelo: "Pedi ao Senhor que parasse a epidemia e disse: Senhor, detém-na, com a tua mão.”

Francisco lembrou ainda que “as escolhas e ações pessoais têm consequências para a vida dos outros” e que “o fato de as pessoas não pagarem os seus impostos em Itália, prejudicou a capacidade do país em acolher todos os doentes”.

Preocupado com mortes e separação das famílias, Papa telefona ao bispo de Bergamo

“O Papa telefonou-me: Estamos no seu coração e nas suas orações”, escreveu Monsenhor Francesco Beschi numa carta aos seus diocesanos.

“O Santo Padre foi muito afetuoso e próximo para com todos nós”, refere Beschi ao afirmar que Francisco informou-se sobre a situação que Bergamo está a viver, interessou-se pelos sacerdotes, doentes e cuidadores da comunidade.

O prelado informou ainda que o Papa “ficou muito impressionado com o sofrimento causado por tantas mortes e pela separação que as famílias são obrigadas a viver de modo tão doloroso”.

Francisco pediu ao bispo para “fazer chegar a todos a sua bênção reconfortante, carregada de graça, de luz e de força”, especialmente aos doentes (entre os quais muitos sacerdotes) e a todos os que se esforçam, heroicamente, pelo bem dos outros: médicos, enfermeiros, autoridades civis e sanitárias e forças de ordem.

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