20 mar, 2020 - 17:52 • Aura Miguel
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O Vaticano anunciou esta sexta-feira a proibição das celebrações tradicionais da Semana Santa, como a cerimónia do lava-pés e as procissões, incluindo as vias-sacras.
A decisão enquadra-se nos esforços para evitar contágios durante as celebrações da Semana Santa e foram publicadas pela Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, como orientações para cada bispo avaliar na sua diocese.
Considerando as ocasiões de maior risco e as manifestações de piedade popular em que muitos fiéis organizam procissões e se reúnem para viver a Semana Santa, a Santa Sé reforça as medidas de segurança.
Durante o tríduo pascal, nos três dias que antecedem o Domingo de Páscoa, a habitual missa da Ceia do Senhor, de Quinta-feira Santa, mantém-se em todo o mundo, mas a cerimónia do “lava-pés” é cancelada.
A cerimónia recria o momento em que Cristo, antes da Última Ceia, lavou os pés aos seus discípulos e no calendário litúrgico católico só se mantém na Quinta-feira Santa, precisamente no quadro da recordação da Última Ceia.
As normas, aprovadas pelo Santo Padre, recomendam prudência aos sacerdotes, sobretudo na missa crismal de Quinta-feira Santa de manhã, quando todos os sacerdotes de uma diocese se juntam com o seu bispo, e deixa uma série de restrições para Sexta-feira Santa e sábado antes da Páscoa, nomeadamente cancelando a realização de procissões como as tradicionais vias-sacras, em que se recriam os passos de Cristo até à Cruz, ou a vigília pascal de sábado à noite.
Como alternativa, a Santa Sé sugere que as procissões de Sexta-feira Santa sejam transferidas para os dias 14 ou 15 de setembro, datas em que a Igreja assinala, respetivamente, a Exaltação da Santa Cruz e a festa de Nossa Senhora das Dores.