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Coronavírus. Comunidade de Taizé aposta na transmissão online de orações

24 mar, 2020 - 19:15 • Ana Lisboa

Por uma questão de precaução, a comunidade ecuménica de Taizé, sediada em França, está agora dividida em oito lugares de residência, cumprindo assim as regras do distanciamento social.

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Pela primeira vez, a comunidade de Taizé teve de se reinventar e apostar na transmissão das orações pela internet.

Sem peregrinos nesta altura da Quaresma, por causa da pandemia da Covid-19, o Irmão Alois, Prior da comunidade explica que "os irmãos continuam em vida de oração e trabalho, separados de todos, mas unidos a todos".

E acrescenta "por telefone ou internet recebemos muitas notícias daqueles que enfrentam o mesmo desafio em diferentes partes do mundo".

Esta crise, diz ainda, faz sentir, em primeiro lugar, “o sofrimento e a angústia das vítimas, dos doentes, das suas famílias, de todos os que são duramente atingidos pelas suas consequências económicas”. E também leva a exprimir gratidão e admiração por todos os envolvidos no atendimento às vítimas e na organização dos serviços públicos.

Por isso, têm estado a transmitir as suas orações online para viver "uma solidariedade espiritual".

Assim, todas as noites, uma oração com um pequeno grupo de irmãos é transmitida de nossa casa nas redes sociais (às 20h30 locais, 19h30, em Portugal). Aqueles que o desejam podem enviar-nos intenções de oração”, informa.

Com todas estas medidas de “confinamento e as precauções de saúde”, a comunidade pede atenção ao “tesouro das relações humanas” e que se mantenha o contacto, “através de um telefonema ou de uma mensagem de amizade”, especialmente com os mais velhos ou frágeis.

Comunidade Taizé dividiu-se por causa do coronavírus

Por precaução e para cumprir as regras do distanciamento social, a comunidade teve de se reinventar e foi assim que se repartiu por oito casas e espaços da aldeia, em função dos trabalhos de cada um: olaria, esmaltes, cozinha, funções administrativas, havendo também sete irmãos que estão em quarentena, por terem chegado de fora.

Residem em pequenos núcleos, seprados uns dos outros e evitando ao máximo o contacto entre eles.

É que em França, onde estão sediados, foram também impostas medidas de confinamento e de proibição de aglomeração de pessoas por causa do Covid-19.

Nesse sentido, decidiram ainda suspender o acolhimento de jovens até, pelo menos, ao dia 13 de abril.

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