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Arcebispo de Braga. Algumas instituições de solidariedade social não vão sobreviver à pandemia

01 abr, 2020 - 08:53 • Isabel Pacheco

D. Jorge Ortiga também se mostra preocupado com as famílias, que enfrentarão "problemas de ordem social muito, muito complicados", após a pandemia de Covid-19.

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Será "com muita dificuldade que as instituições de solidariedade social vão levar para a frente os seus destinos”, no pós-pandemia do novo coronavíris. O alerta é do Arcebispo de Braga, que prevê “problemas de ordem social muito, muito complicados” para a vida de muitas famílias.

Preocupado com a sobrevivência económica das instituições de solidariedade social, D. Jorge Ortiga admite que nem todas consigam sobreviver à crise causada pela Covid-19.

"Mesmo as nossas instituições de solidariedade social que já passavam um momento de perplexidade estão, agora, numa situação muito grave”, alerta.

D. Jorge Ortiga lembra que, para além dos encargos, muitas IPSS enfrentam, ainda, “a doença dos funcionários, o que traz por si outras complicações”. É a questão da “sobrevivência económica” destas instituições que está em causa, adverte o prelado, que se diz preocupado com a resposta social na sua Arquidiocese, após a crise.

Famílias também preocupam no pós-Covid-19


O futuro das famílias é outras das preocupações de D. Jorge, que antevê dias difíceis, com o agravamento da situação social e económica. No topo das preocupações, admite, está o “desemprego” ou a “diminuição dos ordenados”, e as consequências na vida das pessoas.

“Neste momento, tudo parece, ainda, um pouco fácil, mas tudo vai se complicar no futuro. A situação vai se agravar dentro de muitas famílias, o que vai trazer problemas de ordem social muito, muito complicados", prevê D. Jorge.

E para ultrapassar as dificuldades que aí se avizinham, o Arcebispo de Braga lembra que será necessário o “esforço de todos”, para uma resposta que deverá ser feita não só em termos dos direitos laborais mas, também, no que é essencial para “proporcionar a todos o indispensável para viver”.

No entanto, D. Jorge Ortiga espera que os efeitos da pandemia não impeçam dos cristãos de celebrar a Páscoa “da alegria e tranquilidade” e pede o que chama de “Pequenas Páscoas”. São “pequenos gestos, atitudes e respostas que ultrapassem a situação de carência, de debilidade”. “Se assim fizermos podemos saborear no meio desta pandemia o verdadeiro sentido da Páscoa”, salienta.

Até terça-feira, Portugal tinha 7.443 casos confirmados de contágio pelo novo coronavírus. Há, ainda, a registar 160 mortes devido à Covid-19.

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