23 abr, 2020 - 10:15 • Aura Miguel
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Os efeitos da pandemia da Covid-19 continuam a preocupar o Papa que, esta quinta-feira de manhã, rezou especialmente pelas famílias mais necessitadas, que sofrem a fome e que são vítimas dos agiotas.
“Esta é outra pandemia: a pandemia social”, alertou o Papa, lembrando as “famílias com pessoas que trabalham diariamente ou que, infelizmente, são clandestinas e não podem trabalhar, não têm comida”. Francisco denuncia o aproveitamento dos “agiotas” que recebem e exploram o pouco que essas pessoas têm.
Pediu orações “por estas famílias, pelas muitas crianças dessas famílias, pela sua dignidade e também pelos agiotas, para que o Senhor toque seus corações e os converta.”
Jorge Mario Bergoglio, cumpre a tradição de celebrar o seu santo onomástico e, para assinalar o dia de São Jorge, decide oferecer ventiladores à Espanha, Roménia e Itália.
No dia do santo onomástico, tal como no dia de aniversário, recebem-se prendas, mas o Papa faz contrário. Tornou-se habitual Francisco enviar presentes a quem mais precisa e, desta vez, escolheu três dos países mais afetados pela pandemia.
O “presente” do Santo Padre inclui ventiladores de última geração, máscaras, óculos protetores, e outros materiais de saúde para os hospitais de Lecce (Itália), de Madrid (Espanha) e de Suceava (Roménia). Nesta pequena cidade romena, uma das mais pobres da União Europeia, concentram-se cerca de 25% dos contágios de todo o país que já conta com mais de 500 mortos e 10 mil contagiados.
Por detrás desta ação está o cardeal Konrad Krajewski, esmoler apostólico, que define esta decisão como “um abraço do Papa numa situação difícil para todo o mundo”. Em declarações ao portal da Santa Sé “Vatican News”, o responsável pela distribuição das esmolas pontifícias, considera este gesto de Francisco “um belíssimo sinal do Santo Padre que prefere dar presentes aos outros em vez de os receber”.