28 mai, 2020 - 15:22 • Olímpia Mairos
A diocese de Vila Real anunciou esta quinta-feira a criação da Comissão de Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis, respondendo à solicitação global do Papa Francisco, neste campo.
A Comissão é constituída por especialistas em psicologia, medicina, direito e teologia e terá como finalidades, além da escuta e receção de eventuais denúncias, a elaboração de medidas de prevenção e das modalidades de apoio e acompanhamento das vítimas e dos agressores.
Na nota informativa enviada à Renascença, o bispo da Diocese de Vila Real, citando a exortação apostólica Christus Vivit do Papa Francisco, refere que o “fenómeno dos abusos de todo o tipo e particularmente de cariz sexual está muito difundido na sociedade e afeta a Igreja, representando um sério obstáculo à sua missão”.
O prelado acrescenta ainda que “cada caso que tenha acontecido é sempre lamentável, é uma ferida dificilmente superável na vida das pessoas e faz sofrer imenso famílias e comunidades”, acrescentando que “quando sucedem no espaço eclesial, são especialmente graves, porque representam um grande motivo de escândalo para os fiéis”.
D. António Augusto Azevedo defende que “é preciso coragem para assumir erros e corrigir faltas, tomando as medidas necessárias para erradicar este problema”.
“Em sintonia e comunhão com o Papa, não se pode esquecer uma palavra de reconhecimento à grande maioria dos sacerdotes que não só se mantêm fiéis ao seu celibato, mas se gastam ao serviço de um ministério que se tornou mais difícil pelo escândalo de poucos (mas sempre demasiados) dos seus irmãos”, acrescenta o prelado.
Por fim, D. António Augusto pede a todos os fiéis “que continuem a rezar pelos sacerdotes e apoiá-los” para que todos colaborem para que a “Igreja do nosso tempo (re)adquira um rosto novo, com as marcas da alegria, da transparência e da santidade”.
A Comissão de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis da Diocese de Vila Real é constituída pelo padre Sérgio Manuel Tomé Correia, coordenador, José Carlos Gomes da Costa, psicólogo, Maria Goretti Martinho Rodrigues, médica, e António Francisco Caseiro Marques, advogado