31 jul, 2020 - 22:46 • Ecclesia
A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) vai promover a 6 de agosto uma jornada de oração pelos cristãos perseguidos, convidando os portugueses a unir-se a esta iniciativa.
“Nessa data, há precisamente seis anos, milhares de cristãos foram forçados a fugir quando as terras onde sempre viveram, as suas aldeias e vilas na Planície de Nínive, foram invadidas pelo Daesh, os jihadistas do Estado Islâmico”, refere um comunicado do secretariado português da AIS, enviado esta sexta-feira à agência Ecclesia.
O “Dia de Oração pelos Cristãos perseguidos” decorre este ano sem eventos públicos, por causa da pandemia, evocando “todos os que foram e são perseguidos por causa da sua fé em todos os países do mundo”.
“Esta é uma data que não podemos esquecer”, diz Catarina Martins de Bettencourt, diretora do secretariado português da Fundação AIS.
Há seis anos, o mundo assistiu à fuga de milhares de homens, mulheres e crianças e nada se fez. Lembrar o sofrimento destes milhares de cristãos e rezar por eles e pelos que continuam a ser perseguidos é o mínimo que podemos fazer.”
Catarina Bettencourt recorda que, desde a invasão das terras bíblicas da Planície de Nínive, em agosto de 2014, “todos os anos, a Fundação AIS recorda essa data como um dos momentos mais trágicos de perseguição aos cristãos nos tempos modernos”.
Segundo a AIS, cerca de 80% de todas as pessoas que sofrem perseguição por causa da sua fé são cristãs.
Em julho, a fundação pontifícia lançou uma campanha de apoio à Igreja em Moçambique por causa dos ataques extremamente violentos que têm ocorrido na região norte deste país lusófono, na província de Cabo Delgado, por parte de grupos armados que reivindicam pertencer também ao Daesh, o Estado Islâmico.
Em agosto, a cada quarta-feira, a Ecclesia vai transmitir, em parceria com a Ajuda à Igreja que Sofre, cinco documentários na RTP2 (15h00) sobre “as dificuldades da Igreja em países onde a perseguição religiosa é mais ativa ou onde a pobreza é uma marca quotidiana da vida das famílias”, na Bolívia, Bulgária, Etiópia, Zâmbia e Venezuela.