05 ago, 2020 - 07:02 • Lusa
A partir do próximo sábado, o Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli, em Évora, conhecido como Convento da Cartuxa, vai receber visitas guiadas, o que acontece pela primeira vez desde a sua reconstrução como eremitério, em 1960.
O ciclo de visitas, com entrada gratuita, mas que requer marcação prévia, decorre até 19 de setembro, revelou a Fundação Eugénio de Almeida (FEA), responsável pela Cartuxa de Évora.
“Pela primeira vez desde a sua reconstrução como eremitério, em 1960, a FEA promove um ciclo de visitas guiadas ao Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli – a Cartuxa de Évora”, destacou a instituição.
A FEA é responsável pelo Convento da Cartuxa não apenas enquanto “património histórico, artístico e arquitetónico de grande valor", mas também enquanto este foi o único mosteiro contemplativo masculino de Portugal, até outubro do ano passado, quando foi aberta a clausura dos últimos quatro monges, que se despediram da comunidade e viajaram para Espanha.
O Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli (Escada do Céu), situado na periferia de Évora, vai passar a ser ocupado por monjas do Instituto das Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará, segundo anunciou já o arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho.
Local de oração e contemplação, o mosteiro “foi, durante os últimos 60 anos, um espaço inacessível marcado pela clausura, silêncio e contemplação”, tal como que determinam os Estatutos da Ordem da Cartuxa, realçou a FEA.
“Por esta razão, nos meses que separam a partida da comunidade de cartuxos e o acolhimento das irmãs do Instituto das Servidoras do Senhor e da Virgem de Matará – o ramo feminino da Família Religiosa do Verbo Encarnado – a Fundação Eugénio de Almeida promove um ciclo de visitas guiadas”, acrescentou.
O ciclo que arranca no próximo sábado, com uma visita marcada para as 8h00, vai ser orientado para “a descoberta dos rituais, dos hábitos e dos exercícios espirituais que pontuaram o quotidiano da vida dos monges” que habitaram o mosteiro, indicou a FEA.
As visitas vão ser conduzidas pelo arquiteto e investigador Luís Ferro, que privou durante dez anos com a comunidade residente neste eremitério alentejano.
As visitas guiadas acontecem, além deste sábado, nos dias 22 de agosto (8h00) e 5 e 19 de setembro (às 19h00), cada uma com uma lotação máxima de 15 pessoas.