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Jovens Sem Fronteiras ocupam as férias com voluntariado

14 ago, 2020 - 17:35 • Ana Lisboa

Foram canceladas as tradicionais Semanas Missionárias deste Verão por causa da pandemia de Covid-19.

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Procurando ser "fiéis ao espírito missionário que os anima", os Jovens Sem Fronteiras (JSF) levam a cabo, durante todo o mês de agosto, várias atividades de voluntariado, "na proteção da floresta e na atenção aos mais pobres e necessitados", explica à Renascença o Padre Hugo Ventura, o responsável por este movimento juvenil ligado aos Missionários do Espírito Santo.

Como não queriam ficar de braços cruzados depois do cancelamento das habituais atividades, e apesar das restrições e cuidados a ter por causa da pandemia, os jovens decidiram "sair da zona de conforto" e "em nome de Deus, partir ao encontro do outro, perto ou longe", explica este responsável.

As atividades estão a decorrer em várias zonas do país, nomeadamente, no Porto, com a 'Missão in-Porta', em Esposende, com a 'Missão C'uidar' e também na região sul, entre Lisboa e o Algarve com projetos de solidariedade, um deles no "CEPAC, Centro Padre Alves Correia, que tem uma missão de acolhimento e de atendimento junto de imigrantes" e outro relacionado com a "criação de cabazes solidários em parceria com as paróquias, autarquias e Cruz Vermelha da zona de cada grupo", com o propósito de apoiar famílias carenciadas.

Os jovens também participam em iniciativas ligadas à natureza, como por exemplo, no concelho de Esposende, "sensibilizar as populações, prevenir contra os incêndios florestais e outras catástrofes com impacto ambiental, monitorizar e recuperar territórios afetados".

Na região sul, uma vez que neste tempo de pandemia "houve um aumento de lixo nos espaços públicos, os JSF estão disponíveis para participarem em equipas locais de limpeza das praias, campo ou ruas".

Estas atividades que agora ocupam os jovens substituem as que habitualmente fazia este movimento juvenil ligado à Congregação do Espírito Santo.

O Padre Hugo Ventura recorda aqui alguns desses programas que habitualmente eram feitos neste período de férias, "um momento alto, esperado pelos JSF, com várias propostas de voluntariado e missão dentro e fora do país".

Assim, por cá havia as Semanas Missionárias. As atividades aconteciam em diferentes paróquias do país. "Para além da vida em grupo, da formação e da espiritualidade, havia atividades com idosos, sejam nas visitas aos lares como ao domicílio, atividades de animação com as crianças, de formação missionária dos jovens e de participação na vida eclesial das comunidades onde estavam inseridos".

Os jovens com mais idade e com mais experiência, participavam no Intra-rail Missionário. A dinâmica é "muito semelhante às Semanas Missionárias, mas peregrinando de comboio a algumas das comunidades paroquiais, ficando apenas 2 a 3 dias em cada uma".

Outra iniciativa era o Projeto Ponte, um "projeto de voluntariado missionário internacional de curta duração. O grupo ao longo do ano tinha feito a sua formação, e durante o mês de Agosto partia para a cidade de Tefé, no coração do Estado do Amazonas".

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