07 set, 2020 - 10:19 • Ecclesia
O filme “O fim do mundo”, realizado por Basil da Cunha, conquistou o Prémio Árvore da Vida, atribuído pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), da Igreja Católica, na 17.ª edição do IndieLisboa, que terminou sábado.
Em nota divulgada na sua página, o SNPC destaca uma obra “profundamente humanista, um percurso reflexivo em torno do sentido e do valor da vida, em tempos onde crescem tiques de desprezo e exclusão dos mais frágeis”.
Interpretada por Michael Spencer, Marco Joel Fernandes, Alexandre da Costa Fonseca, Iara Cardoso e Luisa Martins dos Santos, a coprodução suíço-portuguesa tem argumento de Saadi e Basil da Cunha, que também assina, com Rui Xavier, a fotografia.
“O cuidado estético das imagens, a sua montagem irrepreensível, o excecional desempenho dos atores verdadeiramente poético, criam uma narrativa de tal forma envolvente, que permite acompanhar percursos de pessoas e comunidades, nas suas contradições e aspirações interiores, cujo destino evidencia um desejo de crescimento espiritual”, sublinhou o júri, na declaração que justifica a escolha.
O Prémio Árvore da Vida, no valor de 2 mil euros, distingue um filme, e respetivo cineasta, tendo como critério de eleição “os seus valores espirituais e humanistas, a par das qualidades cinematográficas”.
O júri desta edição foi composto por Inês Gil, cineasta e professora de Cinema na Universidade Lusófona; Helena Valentim, docente do Departamento de Linguística da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; e o padre António Pedro Monteiro, secretário provincial dos Dehonianos e capelão hospitalar.
Basil da Cunha, que também venceu o prémio do IndieLisboa para a melhor longa-metragem portuguesa, nasceu no cantão francófono de Morges, Suíça, em 1985.