14 set, 2020 - 11:37 • Ângela Roque
O Presidente da República enviou uma mensagem de gratidão à Fundação Pontifícia ‘Ajuda à Igreja que Sofre’, que está a assinalar os 25 anos de presença em Portugal. Uma palavra “muito breve, mas muito amiga e muito justa”, refere Marcelo Rebelo de Sousa na mensagem gravada no Palácio de Belém, na qual começa por sublinhar o trabalho desenvolvido pela AIS na defesa da liberdade religiosa.
“Em Portugal isso é bem vindo, porque a Constituição não prevê que haja uma Igreja do Estado. O Estado não é confessional, e nesse sentido está aberto à liberdade religiosa, e mais do que isso deve promover a liberdade religiosa”, afirma, lembrando que “promover a liberdade religiosa é promover também a liberdade daqueles que não professam qualquer religião”, porque “todos eles entram num conceito amplo de ecumenismo”.
Marcelo destaca, ainda, o papel da instituição em defesa dos que mais precisam, em todo o mundo. “Pessoalmente, conhecendo esta Fundação, junto ainda uma nota que tem a ver com a sua presença nos meios mais carenciados, socialmente mais dependentes, e, por outro lado, na sua abertura de espírito às causas humanitárias, sociais, ligadas às dependências da cultura, do ensino, da economia, mas também do trabalho”, lembrando que “tudo isso tem a ver com a liberdade religiosa”. E conclui: “a minha palavra de gratidão, que tem um toque pessoal, mas é sobretudo institucional, em nome da República Portuguesa, agradecer a uma instituição que de forma desinteressada tem contribuído para aprofundar a democracia em todos os seus sentidos em Portugal”.
Para a AIS a mensagem do Presidente da República “vem dar uma significativa importância às comemorações dos 25 anos de presença da Fundação em Portugal” que, por causa das restrições impostas pela pandemia do coronavírus, ficaram reduzidas a dois “momentos simbólicos”.
Foi a 14 de setembro de 1967 que o fundador da Ajuda à Igreja que Sofre, o padre Werenfried van Straaten, consagrou a Ajuda à Igrea que Sofre a Nossa Senhora, no Santuário mariano de Fátima. Desde aí que o gesto é renovado, todos ao anos. Desta vez, devido às restrições sanitárias, a Consagração será feita durante a Missa na capela do Secretariado da AIS, em Lisboa, presidida pelo padre Jacinto Farias, o assistente eclesiástico da Fundação em Portugal.
“A celebração será transmitida em directo através das redes sociais, com início às 12 horas, permitindo assim, apesar das restrições impostas pela pandemia do coronavírus, que todos os benfeitores e amigos da Fundação AIS em Portugal e no mundo inteiro se possam associar a este gesto tão significativo”, informa a instituição.
Já os 25 anos do começo da presença da AIS em Portugal serão celebrados a 13 de Outubro. “Foi então, há um quarto de século, que um pequeno grupo de voluntários deu início ao trabalho do que é hoje o secretariado português da Ajuda à Igreja que Sofre, seguramente um dos mais dinâmicos da instituição a nível internacional”, lê-se no comunicado da instituição.
Catarina Martins Bettencourt, a diretora do secretariado português, destaca a importância da data e da missão da AIS. “A Fundação tem procurado ajudar a Igreja que sofre e que é perseguida em todo o mundo. Gostaria de, nesta data, deixar uma palavra de profundo agradecimento aos benfeitores portugueses da AIS que são a alma desta instituição e que, com a sua generosidade sem limites, têm permitido ajudar a secar as lágrimas de Deus na Terra, como tão bem descrevia o nosso querido fundador”.