O Papa Francisco, disse, na audiencia geral desta quartafeira, que ”para sair de uma pandemia, é preciso cuidar-se e cuidar uns dos outros”.
Na catequese de hoje, Francisco começou por apoiar os “cuidadores”, que acompanham os mais frágeis, dos doentes e dos idosos, cujo papel é “essencial na sociedade de hoje, embora com frequência não recebam o reconhecimento nem a remuneração que merecem.”
Desde que a audiência geral das quartas-feiras é aberta aos fiéis, num espaço mais reduzido dentro do Vaticano, o Papa tem abordado o tema da pandemia, em varias perspectivas. Desta vez, Francisco relacionou o cuidado dos outros com o cuidado da criação, pois “todas as formas de vida estão interligadas e, por isso, os abusos contra a nossa casa comum são um pecado grave que causa danos e doenças.”
O Papa convidou à contemplação, como “um antídoto contra uma visão que encara a criação como um mero recurso e nos coloca como dominadores absolutos de todas as criaturas, fruto de uma visão distorcida, desiquilibrada e soberba, que acaba por arruinar a harmonia do desígnio divino.”
O Papa argentino não esqueceu “os povos indígenas e certos grupos populares, que têm muito a nos ensinar”, uma vez que “com o seu modo de cuidar da terra inspirado nos valores naturais e culturais, contribuem com uma revolução pacífica a revolução do cuidado em que cada pessoa reconhece a sua missão de ser guardião da casa comum.”
Para os fiéis de língua árabe, o Papa deixou palavras de agradecimento aos “médicos, enfermeiros, profissionais de saúde e associações de voluntariado empenhados em enfrentar esta emergência”. E no final da audiência, rezou pelo padre Roberto Malgesini, da diocese italiana de Como que “ontem foi morto por uma pessoa necessitada, que ele ajudava por ser pobre e afetada por um desequilíbrio mental”. Francisco considerou-o “um verdadeiro mártir da caridade” e pediu orações por ele “e por todos os que trabalham pelas pessoas descartadas”.