01 out, 2020 - 23:09 • Lusa
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O Presidente da República admitiu esta quinta-feira que os empresários de Fátima estão a ser penalizados pela falta de grupos de peregrinos, nomeadamente da Coreia do Sul, Estados Unidos, Polónia ou Itália, na sequência da pandemia de Covid-19.
“É evidente que temos aqui um problema não só para as estruturas turísticas, mas um problema para toda a atividade económica relativamente a Fátima e a Ourém - já não falo dos concelhos vizinhos -, que dependem muito do turismo, que infelizmente o externo já não pode viajar hoje”, constatou Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República jantou hoje em Fátima com um grupo de empresários, a presidente da Associação Empresarial Ourém-Fátima (ACISO), o presidente do Município de Ourém e o reitor do Santuário, para ouvir as preocupações sobre o impacto da pandemia de Covid-19 no setor do turismo religioso do concelho.
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Quanto aos peregrinos portugueses, o chefe de Estado referiu que “começaram a vir progressivamente”, tal como ele próprio o fez “por duas vezes”.
“Da primeira vez havia 100 pessoas em todo o recinto do santuário. Houve muitas a seguir ao desconfinamento e mais tarde haveria já umas centenas de pessoas espalhadas pelo recinto do Santuário”, adiantou.
O chefe de Estado salientou que Fátima é um “polo de turismo religioso”, mas também de turismo cultural, histórico e patrimonial, que “tem sofrido muito”.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que para que haja recuperação da economia é “fundamental que a pandemia não seja muito longa e que ofereça um horizonte de desagravamento, o que não tem acontecido neste momento”.
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“Veremos como é que se passará daqui a umas semanas, daqui a um mês ou dois, para que a atividade económica e social possa ir regressando, nomeadamente o turismo, como é o caso aqui”, referiu, observando que o “turismo está ligado à restauração, a restauração ao comércio e o comércio aos serviços”, onde existem “muitas micro, pequenas e médias empresas”.
“Acabei de vir de um fórum na Galiza [Espanha], onde o tema foi esse e a preocupação das autoridades espanholas é enorme em relação ao turismo e às consequências da paragem do turismo, nomeadamente do turismo externo, na vida económica espanhola, como na vida económica portuguesa”, rematou.
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