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“A Economia de Francisco”. Trabalhos decorrem até sábado em busca de "um novo rosto"

19 nov, 2020 - 19:10 • Aura Miguel

Milhares de economistas, empresários, investigadores, ativistas, professores e alunos de economia, gestão, sociologia, agricultura, energia, ambiente e tantas outras áreas participam até sábado no grande desafio “A Economia de Francisco”, lançado pelo Papa.

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Mais de dois mil participantes, na sua maioria jovens com menos de 35 anos, começaram a “partir pedra” com desejo de mudar a economia actual, para lhe dar um novo rosto, mais humano e solidário.

Milhares de economistas, empresários, investigadores, ativistas, professores e alunos de economia, gestão, sociologia, agricultura, energia, ambiente e tantas outras áreas participam até sábado no grande desafio “A Economia de Francisco”, lançado pelo Papa.

Um evento, inspirado no exemplo de São Francisco de Assis, com o objectivo de “fazer um "pacto" para mudar a economia atual e dar alma à economia de amanhã”, escreveu o Papa em maio do ano passado, quando convocou este encontro.

Neste primeiro dia, o cardeal Turckson, presidente do dicastério para o desenvolvimento humano e integral, apelou ao “amor social capaz de gerar uma nova economia” e pediu aos jovens para “num mundo tão obscuro e indiferente” apostarem “na harmonia, na paz e no amor ao próximo”.

O tema da felicidade e florescimento da vida humana, desde logo com as crianças, mereceu um vasto conjunto de intervenções, onde participou o prof. Jeffrey Sachs, da universidade de Columbia. Este especialista em iniciativas para reduzir a pobreza e cancelar a dívida dos países subdesenvolvidos, afirmou que “apostar desde cedo no desenvolvimento das crianças, é crucial para o bem-estar do resto da vida e é talvez a lição mais grandiosa que aprendemos, baseada em tantos dados físicos e psicológicos”.

Além da preocupação em aumentar o índice de desenvolvimento da vida das crianças, o tema da felicidade foi também abordado por especialistas de arquitetura e urbanismo. Qual o tamanho ideal para uma cidade? Quais os critérios para redimensionar a política de transportes, espaços públicos e habitacionais face à dureza da vida nas grandes metrópoles, foram questões igualmente consideradas.

Durante as quatro horas “streaming” previstas para o encontro desta quinta feira, com momentos de pausa, musicais e artísticos, destaque ainda para um painel com experiências e modelos de “negócios mais humanos”, na América Latina, com testemunhos de quem está no terreno, nomeadamente no Paraguai, Brasil, Argentina e Uruguai.

A “Economia de Francisco” prossegue amanhã e culmina no sábado, com uma intervenção vídeo do Papa Francisco

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