23 nov, 2020 - 06:30 • Pedro Filipe Silva , Inês Rocha
“As coisas podem-se fazer bem e com economia. As duas coisas não são contraditórias”. É assim que o cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, antevê a preparação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), marcada para agosto de 2023, em Lisboa.
Questionado pela Renascença sobre como será a preparação do evento que deverá juntar centenas de milhares de jovens na capital, em tempos de grandes restrições financeiras, D. Manuel Clemente afirma que se “vai conseguir o que for possível. E o que for possível vai ser bom e vai ser para todos”.
O cardeal lembra que existe uma fundação de apoio à JMJ 2023 e, além disso, conta com o suporte das autoridades. “Estas coisas como ganham uma grande dimensão nacional, é evidente que isto só se pode fazer se o próprio país estiver interessado”, disse à Renascenca este domingo, no Vaticano, após a missa em que a comitiva portuguesa recebeu os símbolos da JMJ das mãos dos jovens do Panamá.
D. Manuel lembrou ainda que o apoio das autoridades portuguesas face ao evento aconteceu “desde o primeiro momento”.
“Também a própria cidade lucrará porque haverá alguns espaços reabilitados para o serviço da população”, lembrou o cardeal patriarca.
O momento simbólico vivido este domingo “significa que acabou a jornada do Panamá e começou a de Portugal”, explicou o patriarca de Lisboa.
Os símbolos recebidos - a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani - “agora vão para Lisboa, assim que possível começarão a peregrinação pelas dioceses”, adiantou D.Manuel Clemente.
A JMJ Lisboa está marcada para agosto de 2023. A organização espera “centenas de milhares, talvez um milhão” de participantes.