14 jan, 2021 - 16:13 • Olímpia Mairos
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A rede nacional da Cáritas apoiou, entre os meses de abril e dezembro, mais de oito mil pessoas em dificuldades, provocadas pela pandemia de Covid-19.
Os pedidos mais significativos são para acorrer ao pagamento de despesas de rendas para habitação (63%), despesas relacionadas com a saúde (16%) e pagamento de despesas de eletricidade (10%), num valor que chegou aos 124.500 euros.
Em vales de bens essenciais a Cáritas atribuiu um valor total de 82. 500 euros.
O apoio “através de bens essenciais, inclusive alimentos, continuam a ser uma das formas de ajudar as famílias em situação de necessidade extrema. Cada Cáritas Diocesana pode complementar estes apoios através de vales que permitem às famílias, de forma autónoma, adquirir diretamente os produtos essenciais para a sua subsistência”, informa a Cáritas Portuguesa em comunicado.
Os apoios resultam da campanha “Inverter a Curva da Pobreza em Portugal”, criada para dar uma resposta direta às vítimas da Covid-19, e da Operação “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz”, realizada nos meses de novembro e dezembro.
De acordo com a instituição da Igreja Católica, os pedidos de ajuda surgem “essencialmente devido à redução significativa de rendimentos pela perda de posto de trabalho, ou por rendimentos insuficientes, seja salário ou reforma”.
“A grande maioria dos apoios são concedidos a cidadãos portugueses, mas há também muitos migrantes a viver de forma direta os efeitos desta pandemia e que são apoiados”, acrescenta o comunicado.
A presidente da Cáritas Portuguesa, Rita Valadas, citada no comunicada, dá conta que “o ano de 2020 foi desafiante”, acrescentando que “2021 traz já consigo grandes ansiedades”.
“O olhar sobre o futuro tem de ser de esperança, porque acreditamos no nosso trabalho e estamos gratos a todos os que nos têm apoiado, nomeadamente, através das campanhas que temos lançado e que nos têm permitido dar resposta às muitas fragilidades das famílias”, afirma Rita Valadas.
A instituição da Igreja continuará “aberta às pessoas e atenta às necessidades, mesmo em confinamento, tal como em março passado”, assegura a presidente da instituição.