17 jan, 2021 - 15:08 • Ana Lisboa
O livro "Noites de Campo" foi escrito por Pedro Saraiva Ferreira, Chefe do Agrupamento 900 no Monte Abraão, concelho de Sintra. Reflete a sua experiência de cerca de 40 anos como escuteiro católico.
Aborda "temas especificamente escutistas, como seja um conjunto de reflexões sobre o sistema de patrulhas, a ferramenta pedagógica estruturante de toda a metodologia escutista, questões sobre a vida ao ar livre e sobre a extraordinária vida em campo, com as suas múltiplas dimensões. E reflete também outros temas da vida cristã em geral, como a sexualidade, como o celibato, como questões da fé, de Deus, enfim, não sendo questões exclusivamente escutistas, como é óbvio, são abordadas num contexto e num âmbito especificamente escutista".
O livro tem prefácio de outro escuteiro, D. Manuel Clemente. O Cardeal Patriarca de Lisboa, com ligações ao movimento escutista, é escuteiro desde 1964. Daí ter surgido esta ideia "em conversa com o nosso pároco e assistente de Agrupamento, o padre Abel, já que D. Manuel Clemente também é escuteiro. E, portanto, ter a possibilidade de um livro sobre escutismo ter o prefácio escrito pelo nosso Cardeal Patriarca, isso garantiria à partida um interesse acrescido em relação ao livro".
Quem quiser comprar, o livro está à venda na Loja Escutista de Lisboa e também nas plataformas online de duas livrarias bem conhecidas.
Evento reuniu mais de 100 participantes via Zoom. (...)
Ainda no ativo como chefe de escuteiros, Pedro Saraiva Ferreira tem duas filhas que lhe seguiram os passos. "Elas sempre viram o Pai como chefe de escuteiros e, naturalmente, também se foram envolvendo neste modo de vida diferente que é ser escuteiro".
Neste tempo de pandemia, tem havido muitas limitações impostas pelas medidas de saúde. Por exemplo, "as nossas rotinas e as nossas atividades alteraram-se profundamente. E aquilo que vai sendo possível fazer vai alternando entre os momentos online e outros presenciais na sede, na paróquia, com pequenos grupos".
Admite que a "única atividade que envolve todo o grupo e que tem um caráter semanal é a Missa de Agrupamento".
Pedro Saraiva Ferreira reconhece que é difícil habituar-se "a este novo normal", para quem "o escutismo é um movimento de proximidade, é um movimento de relação e comunhão. E aquilo que vamos podendo ir fazendo, não passa de uma estratégia para minimizar danos e irmos mantendo algum contacto com os miúdos e entre nós, chefes e animadores das secções. Obviamente nunca será algo que se possa sequer comparar com aquilo que fazíamos anteriormente e que, no fundo, caracteriza verdadeiramente o espírito e a mística escutista".