21 jan, 2021 - 10:33 • Henrique Cunha
O bispo do Porto alerta, numa nota episcopal, para a “situação dramática” que se está a viver por causa da pandemia, que “nos pede especiais cuidados e responsabilidades”.
Por este motivo, “até eventuais alterações das normas que nos regem, em reunião do Conselho Episcopal, decidiu-se solicitar a todos os fiéis desta nossa diocese do Porto” o cumprimento de algumas normas.
No total, a nota inclui 10 pontos. D. Manuel Linda pede, em primeiro lugar, que se “suspenda imediatamente toda e qualquer formação presencial, concretamente reuniões e ensaios dos grupos corais e, sempre que possível, procure-se que a mesma se desenvolva pelas vias digitais”.
“De igual modo, suspenda-se, com efeito imediato, toda a catequese presencial (de crianças, adolescentes, jovens e adultos), tendo o cuidado de os grupos continuarem a funcionar pelas plataformas digitais habituais”, refere o texto.
No entender de Manuel Linda, “a liberdade religiosa não pode ser pretexto para violar o dever moral grave do confinamento”.
Depois, o bispo pede para que, “nas celebrações, se cumpram com todo o rigor as normas emanadas pela Direção-Geral da Saúde”, sublinhando que, “se as circunstâncias o exigirem e de acordo com o bom senso, essas normas poderão ser ainda mais ‘apertadas’”.
A nota autoriza que, “em casos excecionais, os sacerdotes ou diáconos que, por motivos de saúde ou idade, corram especiais riscos, possam suspender as celebrações”, e a que “nesse caso, sempre que possível, se realize uma breve celebração dominical na ausência do presbítero”.
“Nessas circunstâncias, a quem não puder participar na eucaristia e durante todo o tempo em que tal não seja possível, concedo dispensa do cumprimento do preceito dominical”, refere D. Manuel Linda na nota.
Depois, o bispo pede que “durante o tempo de pandemia, se procure não demorar as celebrações mais do que o indispensável para não afetar a sua dignidade e espiritualidade”.
Neste contexto, D. Manuel Linda espera que se “reduza o tempo da homilia e os cânticos, se for o caso, e suprimam-se todas as ‘admonições’”.
O bispo do Porto solicita também aos membros do clero que privilegiem os contactos por via telefónica e que se “tenha especial cuidado no contacto frequente com os doentes, não os abandonando à solidão”.
A nota termina com um pedido: sempre que nas celebrações se fizer a oração dos fiéis, se insira uma intenção.
“Cristo, que Vos compadecestes da multidão
E passastes fazendo o bem e curando os doentes,
Compadecei-Vos das vítimas desta pandemia
E dai a vida eterna aos nossos irmãos que chamastes para Vós.
R. Cristo, tende piedade de nós”.