22 jan, 2021 - 17:34 • Henrique Cunha
A Renascença vai passar a fazer, a partir de segunda-feira, a transmissão diária da missa, em direto da capela dos seus estúdios em Lisboa, logo após as noticias do meio-dia.
Repete-se, assim, a medida já tomada durante o primeiro confinamento, depois da decisão da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) em suspender as eucaristias públicas, face à “gravíssima situação de pandemia que estamos a viver”.
“Lamentavelmente, é necessário e urgente voltarmos a casa e rezarmos na intimidade da nossa casa”, sublinha D. Américo Aguiar, presidente do Conselho de Gerência do Grupo Renascença Comunicação Multimédia, lembrando que “é um sacrifício que nos é pedido em nome de algo maior que é a vida, a saúde e a vida dos nossos concidadãos”.
“A Rádio Renascença, que está sempre a par com o mundo, também está sincronizada com este sentir, e vamos voltar a celebrar, após o noticiário do meio-dia, a eucaristia, na capela da Renascença, de maneira a que muitos dos ouvintes possam ter acesso à celebração da eucaristia e participar desse modo na celebração, estando eles impedidos de o fazer presencialmente”, reforça D. Américo Aguiar.
O bispo auxiliar de Lisboa recorda a experiência do primeiro confinamento, em que “o 'feedback' que tivemos foi muito positivo”.
"Muitos dos nossos ouvintes e até novos ouvintes vieram ao nosso encontro em razão dessa necessidade eucarística”, adianta.
D. Américo sublinha, por outro lado, que “através da rádio, nós podemos prestar este serviço publico-eucarístico”, um serviço que “a Renascença não coloca de parte”, tendo prontamente “alterado a sua grelha de maneira a poder ir ao encontro desta necessidade dos ouvintes”.
O presidente do Conselho de Gerência do Grupo Renascença Comunicação Multimédia reforça a ideia da necessidade de se permanecer em casa, porque “de facto, está em causa um bem maior, o bem da vida” e lembra “todos aqueles que estão na linha da frente, os servidores públicos nos hospitais, nos lares, nas casas das famílias, enfim em tantos e tantos locais onde é necessário que alguns estejam constantemente ao serviço para que a vida seja salvaguardada”.
O bispo alerta ainda para “algo que não podemos esquecer”: a pressão “a que os nossos hospitais, todos os nossos hospitais estão a ser sujeitos”, o que obriga “a que cada um de nós faça a parte que lhe cabe”.
“A parte que nos cabe a cada um de nós, independentemente de acreditarmos mais ou menos na pandemia, de termos mais ou menos convicções negacionistas ou outras, é não pôr em causa a saúde individual e a saúde de todos”, reforça o prelado.
D. Américo Aguiar termina com o reforço da ideia de que “a regra é ficarmos em casa e para que isso possa acontecer também no que diz respeito à frequência da eucaristia, a renascença e outros meios vão proporcionar a transmissão da eucaristia para que todos possam ser alimentados na sua fé e na celebração da eucaristia”.
A celebração pública da eucaristia está suspensa a partir de sábado por decisão da CEP. Os bispos portugueses emitiram um comunicado em que dizem que confinamento é "imperativo moral", face ao agravamento da pandemia.