28 fev, 2021 - 13:26
O Papa Francisco propõe um novo tipo de jejum, “que não vos causará fome: jejuar das intrigas e das calúnias”.
A proposta para o caminho da Quaresma, deixada este domingo no final do Angelus, passa por não dizer mal dos outros, nem bisbilhotar, e está ao alcance de todos.
“É um belo jejum”, sublinhou Francisco. “E não se esqueçam que também será útil ler todos os dias uma passagem do Evangelho, levá-lo no bolso, ou na carteira, pegar nele e ler um excerto qualquer”, porque “ isto faz abrir o coração ao Senhor”.
Ainda no final da oração, o Papa condenou o rapto de 317 raparigas no noroeste da Nigéria e convidou todos a rezar pela sua libertação e rápido regresso a casa. Também neste dia mundial das doenças raras, que hoje se assinala, Francisco apelou ao reforço das redes de solidariedade familiar, para que não falte apoio e carinho aos doentes, especialmente às crianças com este tido de doenças.
Contra a preguiça espiritual
Nas reflexões que fez sobre o Evangelho de hoje, o Papa alertou para o risco da preguiça espiritual: “Estamos bem connosco, com as nossas orações e liturgias e basta-nos isto. Não!”.
A propósito do episódio da Transfiguração no cimo da montanha, em que os apóstolos também tentaram não sair de lá, Francisco esclareceu que “subir à montanha não é esquecer a realidade; rezar é nunca escapar das adversidades da vida; a luz da fé não serve para uma bela emoção espiritual". Por isso, “somos chamados a fazer experiência do encontro com Cristo para que, iluminados pela sua luz, a possamos levar e fazer brilhar em todo o lado”.
A missão do cristão, concluiu o Papa, é “acender pequenas luzes no coração das pessoas; ser pequenas lâmpadas do Evangelho que levem um pouco de amor e de esperança”.