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“Quem vende as armas aos terroristas?”, pergunta o Papa no balanço da visita ao Iraque

10 mar, 2021 - 10:34 • Aura Miguel

“A resposta à guerra não é outra guerra. A resposta às armas não são outras armas. A resposta é a fraternidade”, aponta Francisco.

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"Quem vende hoje as armas aos terroristas?" pergunta Francisco depois da visita ao Iraque
"Quem vende hoje as armas aos terroristas?" pergunta Francisco depois da visita ao Iraque

“O povo iraquiano tem direito a viver em paz, a reencontrar a dignidade que possui”, disse o Papa, na manhã desta quarta-feira, durante a habitual audiência geral.

Francisco considerou a sua presença no Iraque “um sinal de esperança, após anos de guerra e terrorismo e no meio a uma grave pandemia” e fez um breve balanço da visita e dos seus momentos-chave.

“Experimentei o forte sentido penitencial desta peregrinação. Não podia aproximar-me daquele povo martirizado, daquela Igreja mártir sem carregar, em nome da Igreja Católica, a cruz que eles carregam há anos; uma grande cruz, como aquela colocada à entrada de Qaraqosh”, afirmou Francisco.

“Senti-o de forma particular, quando vi as feridas ainda abertas da destruição e, ainda mais, quando conheci e ouvi as testemunhas que sobreviveram à violência, à perseguição e ao exílio e, ao mesmo tempo, vi ao meu redor a alegria de acolher o mensageiro de Cristo”, acrescentou o Papa.

Em defesa do povo iraquiano, Francisco reiterou que "a guerra é sempre o monstro que, na medida em que os tempos mudam, se transforma e continua a devorar a humanidade”.

“Mas a resposta à guerra não é outra guerra. A resposta às armas não são outras armas”, afirmou Francisco, perguntando, depois, “quem vendeu as armas aos terroristas? Quem vende hoje as armas aos terroristas que estão a fazer massacres noutras partes? Pensemos em África, por exemplo. É uma pergunta que eu gostaria que me respondessem”.

E concluiu: “A resposta não é a guerra, a resposta é a fraternidade. Este é o desafio para o Iraque, mas não só, é o desafio para tantas regiões em conflito, é o desafio para o mundo inteiro: a fraternidade.”

De olhos postos no futuro, Francisco dirigiu também uma palavra aos numerosos emigrantes iraquianos: “deixastes tudo, como Abraão; como ele, mantende a fé e a esperança e sede tecelões de amizade e de fraternidade, onde quer que estejais. E, se puderem, regressem”.

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  • Luisa Leite
    11 mar, 2021 Odivelas 13:58
    Fraternidade é a palavra de ordem! Que cessem todas as armas! Óptima pergunta aquela que Sua Santidade deixou no ar. Quem são os países interessados na venda de material bélico? Quanto lucram anualmente com guerras noutras paragens? Um negócio que a Humanidade deveria aniquilar por completo. Esta sim, a guerra em que todos deveríamos ser soldados!

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