11 mar, 2021 - 19:45 • Filipe d'Avillez Redação
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As celebrações da Eucaristia com a presença da assembleia vão ser retomadas a partir de segunda-feira, dia 15 de março, anuncia a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
Num comunicado enviado à Renascença esta quinta-feira, os bispos dizem que decidiram, em função do estado atual da pandemia, que serão retomadas as celebrações públicas da missa.
As celebrações foram suspensas por iniciativa dos bispos, uma vez que o Governo disse que as medidas de confinamento que anunciou em Janeiro não abrangiam a liberdade religiosa. A decisão de reverter a suspensão depende, assim, unica e exclusivamente da Igreja. Continuará, porém, a ser necessário observar as regras acordadas entre a Igreja e a DGS, de higiene e segurança.
"O Conselho Permanente refletiu sobre a situação atual da pandemia e decidiu que as celebrações da Eucaristia com a presença da assembleia sejam retomadas a partir do dia 15 de março, observando as orientações da Conferência Episcopal Portuguesa de 8 de maio de 2020, em consonância com as normas das autoridades de saúde."
"Quanto à celebração doutros sacramentos, observem-se as normas de segurança e de saúde referidas nas mesmas orientações", lê-se
A poucas semanas de assinalar a Páscoa, o ponto mais alto do calendário cristão, os bispos pedem que se evitem "procissões e outras expressões da piedade popular, como as 'visitas pascais' e a 'saída simbólica' de cruzes, de modo a evitar riscos para a saúde pública."
Os bispos deixam orientações para as celebrações da Semana Santa. Na Missa de Domingo de Ramos, por exemplo, pede-se aos fiéis que tragam consigo os ramos e "de nenhum modo seja permitido a entrega ou a troca de ramos"; na celebração da Ceia do Senhor, na Quinta-feira antes da Páscoa, deve ser omitido o lava-pés tradicional e na Sexta-feira Santa apenas o ministro beija a cruz, sendo introduzida nessa liturgia uma intenção especial pelas vítimas da pandemia.
Não se prevê nenhuma alteração à Vigília Pascal.
Fica ainda a promessa de se fazer uma nova avaliação destas orientações em meados de abril, na Assembleia Plenária da CEP, "tendo em conta a situação de pandemia no país".