12 mar, 2021 - 19:20 • Lusa
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa destaca a importância que o Papa Francisco dá a Fátima e à devoção mariana, ao comentar a deslocação a este santuário por ocasião da Jornada Mundial da Juventude em 2023 em Lisboa.
"Fátima tem uma projeção no mundo católico, em todo o mundo, que é muito grande. Reconhecemos a importância que o Papa dá a Fátima e à devoção a Maria. Não simplesmente no espírito de devoção a Maria, mas aquilo que significa o papel e a importância da mulher na Igreja que ele tem realçado", afirmou José Ornelas, também bispo de Setúbal, à agência Lusa.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa afirmou não ter ficado surpreendido com este anúncio, que "era esperado", admitindo que a maioria dos jovens que irá a Lisboa quererá ir a Fátima.
Esta sexta-feira, após uma audiência privada com o Papa, no Vaticano, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que Francisco revelou que vai também visitar Fátima durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorre em Lisboa em 2023.
"Foi, como tinha sido há cinco anos [depois de Marcelo ter sido eleito pela primeira vez chefe de Estado], uma ocasião para ver como o Papa está atento a tudo. [...] Falou, como é evidente, da ida a Portugal em 2023, a Lisboa e a Fátima - acrescentou logo - nas Jornadas Mundiais da Juventude", afirmou o Presidente da República.
Falando aos jornalistas portugueses em Roma, Marcelo Rebelo de Sousa revelou que o encontro deu, "em primeiro lugar, para falar da visita histórica do Papa Francisco ao Iraque, do seu significado, das perspetivas que se podem abrir não apenas em termos dos cristãos que vivem no Iraque, mas sobretudo da pacificação no Médio Oriente".
"Depois falou-se bastante da Europa, da União Europeia nesta fase da vida, da pandemia, da crise económica e social, da recuperação", assinalou o chefe de Estado português, adiantando que também "se falou de África e a Santa Sé acompanha meticulosamente o que se passa na CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa] e, em particular, o que se passa em Moçambique".