15 abr, 2021 - 18:23 • Filipe d'Avillez
O Papa Francisco disse, esta quinta-feira, que “são os santos que fazem avançar o mundo rumo ao seu destino final” e recordou que todos os batizados são chamados a alcançar essa união íntima com Deus que é a santidade.
Numa mensagem vídeo divulgada esta quinta-feira, dirigida ao Congresso Internacional “Mulher excecional”, que decorre na Universidade Católica Santa Teresa de Jesús de Ávila, assinalando o 50.º aniversário da proclamação da santa como doutora da Igreja, Francisco recorda que há vários caminhos para a santidade, por isso os exemplos dos santos servem para inspirar e não para copiar.
“Os santos estimulam-nos e motivam-nos, mas não existem para os copiarmos literalmente, a santidade não se copia, porque isso poderia afastar-nos do caminho único e diferente que o Senhor tem para cada um de nós. O que interessa é que cada crente discirna o seu próprio caminho, cada um de nós tem o seu caminho de santidade, de encontro com o Senhor”, considera Francisco.
Não obstante, continua o Papa, há algo que todos os caminhos têm em comum, que é a oração.
“Santa Teresa ensina-nos que o caminho que fez dela uma mulher excecional e uma pessoa de referência através dos séculos, o caminho da oração, está aberto a todos os que humildemente se abrem à ação do Espírito nas suas vidas e que o sinal de que estamos a avançar nesse caminho é sermos cada vez mais humildes, mais atentos às necessidades dos nossos irmãos, melhores filhos do Povo santo de Deus.”
Mas, acrescenta, “este caminho não se abre aos que se consideram a si mesmos puros e perfeitos”, estando apenas ao dispor dos que, “conscientes dos seus pecados, descobrem a beleza da misericórdia de Deus, que acolhe a todos, redime a todos e a todos chama à sua amizade.”
“É interessante como a consciência de se ser pecador é o que abre a porta ao caminho da santidade.”
O Papa falou ainda da importância de os cristãos nunca se cansarem de pedir perdão a Deus. “Mais rapidamente nos cansamos de ofender a Deus, de andar por caminhos errados, do que Deus se cansa de nos perdoar. Ele nunca se cansa de perdoar. Nós é que nos cansamos de pedir perdão, esse é que é o perigo”.
O congresso a que o Papa se dirigiu começou no dia 12 de abril e termina esta quinta-feira.