16 abr, 2021 - 12:21 • Olímpia Mairos
O Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM) exige a libertação imediata de cinco sacerdotes, três religiosos e dois leigos sequestrados no Haiti.
Em carta dirigida ao presidente da Conferência Episcopal do Haiti, D. Launay Saturné, os bispos da Améria Latina expressam profunda preocupação pelo “sequestro abusivo e criminoso”.
“Levantamos a nossa voz para rejeitar com todas as nossas forças este ato cruel e desumano que põe em risco a saúde e a vida de dez pessoas que dedicaram as suas vidas ao serviço de Deus e do próximo", pode ler-se na carta.
Os bispos exigem “a libertação imediata destes irmãos, injustamente privados da sua liberdade”, pedindo às autoridades que “façam todos os esforços” para obterem a sua libertação.
Segundo a Conferência Episcopal do Haiti, os sequestros com pedido de resgate, neste caso cerca de 840 mil euros (um milhão de dólares), tornaram-se comuns nos últimos meses, naquele país, onde as “autoridades perderam o controle da situação”.
Bispos apelam à libertação dos religiosos. Os sequ(...)
Os dez religiosos foram atacados e sequestrados no passado domingo, quando participavam na receção ao novo pároco da região, numa ação que presumivelmente foi perpetrada pelo grupo ‘400 Marozo’, na cidade de Croix-des-Bouquets.
De acordo com os signatários da carta do CELAM, este fato torna-se mais grave por se tratar de um “sequestro por resgate”, que visa apenas “obter o pagamento de um resgate em troca da liberdade de pessoas inocentes”.
Na missiva, a presidência do CELAM expressa ainda a sua união em oração ao povo do Haiti.
“Abraçamos o povo irmão do Haiti e partilhamos o seu profundo pesar por este triste acontecimento e pelo sofrimento deste amado país que ainda não encontrou formas de ultrapassar a crise que se arrasta há vários anos e que se agravou neste tempo de pandemia, que afeta especialmente as pessoas empobrecidas e marginalizadas”, escrevem os bispos.
O presidente do episcopado haitiano já manifestou “alegria e gratidão” pela carta de “solidariedade” do CELAM.
[A carta] “deu-nos alívio e alegria de pertencer a esta grande família que é a Igreja”, disse D. Saturné, citado pelo portal de notícias do Vaticano, dando nota que continuam a manter “contacto muito estreito com as famílias e congregações envolvidas nesta situação desumana, para confortar e procurar saídas para a libertação das pessoas sequestradas”.
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