04 mai, 2021 - 10:47 • Rosário Silva
Com mais de cem páginas, a Câmara Municipal de Setúbal acaba de lançar o livro “Património Religioso de Setúbal”, para dar a conhecer “factos e curiosidades históricas que permitem embarcar numa viagem de enriquecimento cultural pelos mais variados monumentos religiosos” do concelho.
Na apresentação enviada à Renascença, o município sadino indica que se trata de uma publicação, em “português, inglês e francês”, que ajuda a descobrir o património religioso, oferendo uma espécie de roteiro pelas igrejas, conventos, capelas e ermidas.
“Contar o que esteve na origem destas casas sagradas, o que determinou as suas configurações arquitetónicas e o que contêm é, acima de tudo, um meio para preservar e dar a conhecer uma memória urbana coletiva”, refere a presidente da autarquia.
Maria das Dores Meira, citada no documento, afirma que “foram as igrejas, capelas e ermidas que determinaram”, de alguma forma, “o crescimento urbano da cidade e do concelho e até a composição social das áreas em que foram construídas”.
São mais de três dezenas de igrejas, capelas, conventos e recolhimentos, de Setúbal a Azeitão, que podem ser apreciados com o auxílio deste guia, que apresenta imagens e descrições sobre o património, bem como informações sobre a localização de cada um destes espaços.
“Através deste itinerário pelas expressões artísticas e religiosas locais, é possível perceber quão rico e variado é o património arquitetónico religioso setubalense”, sublinha a autarca, para quem “contar a história é, acima de tudo, relatar a vida que edificou, ao longo de séculos, a nossa comunidade.”
Estimular a salvaguarda deste importante legado patrimonial, foi um dos objetivos que levou o município a promover a elaboração do livro “Património Religioso de Setúbal - Roteiro de Igrejas, Capelas e Conventos”, com a colaboração da diocese de Setúbal.
O bispo D. José Ornelas considera a publicação “um testemunho” que faz a ponte entre o antigamente e a atualidade, elementar para que “estes espaços não pertençam apenas ao passado, mas que, sobretudo, possam ser usufruídos no presente”.
“Pensar e cuidar de memórias é um ato humano, de cultura, o qual constitui um desafio, de conservar, saber respeitar e, também, de criar sentido de interpretação, sobretudo para as gerações mais novas”, acrescenta o prelado.