11 mai, 2021 - 12:05 • Olímpia Mairos
O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF), D. António Moiteiro, considera que a publicação da Carta Apostólica, sob a forma de Motu Proprio “Antiquum Ministerium”, vem instituir, “de modo estável, o ministério de catequista” e é o reconhecimento do “papel central destes agentes na transmissão da fé”.
“Sendo certo que os pais são os primeiros educadores, não deixa de ser evidente o papel central que os catequistas ocuparam e ocupam na transmissão na fé dos mais novos”, sublinha o também bispo de Aveiro.
Segundo D. António Moiteiro, “é bom que a Igreja reconheça no ministério da palavra a vocação dos catequistas e que consigne este papel na vida das paróquias”.
A Carta Apostólica que institui o ministério de catequista, assinala D. António Moiteiro, “vem na linha do Vaticano II” e dos “vários pronunciamentos posteriores, desde o santo padre Paulo VI até ao Santo padre João Paulo II”.
“Os vários pontífices tem deixado claro o papel central dos catequistas no processo de evangelização da Igreja. Este ministério de catequista lança as suas raízes na teologia e na eclesiologia do Concílio Vaticano II e alarga o ministério aos leigos. Já não temos a sua raiz apenas no sacramento da ordem, mas radica o batismo e na confirmação”, considera o prelado.
À espera “das normas que por certo a Conferência Episcopal Portuguesa há de emanar”, o presidente da CEECDF defende “critérios formativos para o acesso ao ministério” e um “caracter estável para que ele seja instituído”, admitindo que “nem todos os agentes de catequese estarão em condições de assumir o ministério de catequista”.
“O Itinerário formativo que iniciámos recentemente, o ‘Ser Catequista’ pode ser ajuda e suporte para ajudar a clarificar quais os critérios para o exercício do ministério de catequista”, aponta.
A concluir, o presidente da CEECDF alegra-se por a Igreja em Portugal ter tido intuições de mudança que vão sendo confirmadas pela Igreja universal.
“Em boa hora iniciámos este processo de formação de catequistas e de alteração no modo de transmitir a fé. Esta metodologia querigmática vai sendo confirmado com as orientações da Igreja, com o pensamento do Papa e com as necessidades reais da catequese, hoje”, finaliza D. António Moiteiro.
ENTREVISTA D. ANTÓNIO MOITEIRO
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