12 mai, 2021 - 18:12 • Teresa Paula Costa
O porta-voz da Conferência Episcopal (CEP) lembrou hoje a responsabilidade que as autoridades têm no cumprimento das regras durante a pandemia de Covid-19.
Na conferência de imprensa que se seguiu à reunião mensal do Conselho Permanente, o padre José Barbosa foi questionado sobre os ajuntamentos de ontem na festa do Sporting e a expetativa do que se passará nesta peregrinação de maio limitada a 7. 500 peregrinos.
O porta-voz da CEP disse que o cumprimento das regras “começa pela responsabilidade individual e pelas autoridades. São elas que “têm de zelar para que isso aconteça”, salientou o sacerdote, que defendeu que “não seja com repressão, mas que isso aconteça”.
Manuel Barbosa adiantou que, “em Fátima, o que se observou em outubro tenho a certeza que é o que se vai observar hoje e amanhã, até porque está tudo marcado” e foi definida como lotação máxima do recinto 7.500 pessoas sendo que “chegando a esse número não entra mais ninguém”.
“Provavelmente, o recinto até poderia ter muito mais gente, com todas as condições de segurança”, mas, como é esse o número que está estabelecido, “é esse número que o santuário vai observar”.
Quanto a um possível alívio das normas, o padre Manuel Barbosa disse que “temos de esperar”. Por enquanto elas são cumpridas, apesar do impacto que tal está a ter em vários setores ligados às festas religiosas.
O porta-voz da CEP lembrou os arraiais que são organizados em torno das festas religiosas são da responsabilidade de famílias e empresas que “precisam de apoio”. “Muita gente está a passar mal”, porque “depende disso”, daí que tenha de haver “apoio como tem havido apoio a tantos setores que estão a passar mal”.
Na reunião desta quarta-feira, o Conselho Permanente exprimiu ainda a sua “congratulação pelo bom andamento do processo de vacinação contra a covid 19 que deve chegar a todos os cidadãos em Portugal e em todo o mundo”.
Outro assunto abordado foi a situação dos emigrantes em Odemira. O Conselho Permanente exprimiu uma “nota de preocupação e solidariedade para com aqueles que estão a sofrer”, tendo o padre Manuel Barbosa desejado que “as coisas se resolvam e que esta situação seja ultrapassada”.
A este propósito, o sacerdote lembrou o que a Assembleia Plenária dos bispos portugueses disse, em novembro de 2018, que “a Igreja manifestou preocupação com notícias acerca do tráfico de pessoas, escravatura, exploração humana também no nosso país e pede maior atenção das autoridades e sociedade para este problema”.
O porta-voz da CEP revelou ainda que, em cima da mesa do Conselho Permanente, esteve também o documento relativo à instituição dos ministérios laicais do leitorado, do acolitado e do catequista, aberto tanto a homens como a mulheres e que está atualmente em reflexão.
Por fim, o padre Manuel Barbosa adiantou que as próximas Jornadas do episcopado vão decorrer de 14 a 16 de junho, em Fátima, com o tema “Evangelizar: a receção do sínodo dos bispos sobre os jovens e a JMJ Lisboa 2023”. O orador será o padre Rossano Sala, que foi secretário especial do sínodo dos bispos sobre os jovens e é atualmente docente na Universidade Pontifícia Salesiana.