16 mai, 2021 - 12:14 • Redação
O Papa fez um veemente apelo à paz no Médio Oriente, este domingo, após a recitação da oração do Regina Caeli. Francisco disse ser “inaceitável” a morte de crianças no conflito entre Israel e Palestina.
Disse seguir com enorme preocupação o que está a acontecer a Terra Santa. “Nestes dias de violência na Faixa de Gaza e Israel que arriscam a degenerar numa espiral de morte e destruição”, advertiu no Vaticano, lembrando que várias pessoas ficaram feridas e “muitos inocentes morreram, entre eles também crianças”.
“Isto é terrível, é inaceitável. A sua morte é um sinal de que não se quer construir o futuro, pelo contrário, querem destrui-o”, declarou.
O Papa abordou ainda os confrontos que se verificam entre árabes e judeus em várias localidades israelitas. “O crescendo de ódio e de violência que atinge várias cidades de Israel é uma grave ferida para a fraternidade e convivência pacífica entre os cidadãos, que será difícil curar sem que se volte a abrir, imediatamente, o diálogo”, apontou.
Pediu o fim da lógica do “ódio e da vingança”, julgando que se pode construir a paz “destruindo o outro”.
“Faço um apelo à calma e aos que têm responsabilidades para que façam cessar a destruição pelas armas e para que percorram os caminhos da paz, também com a ajuda da comunidade internacional.”
De seguida convidou à oração para que israelitas e palestinos “possam encontrar o caminho do diálogo e do perdão, para que sejam pacientes construtores de paz e de justiça, abrindo-se, passo a passo, a uma esperança comum, a uma convivência de irmãos”.
Os confrontos em Gaza entram no sétimo dia regista(...)
Os ataques israelitas deste domingo contra Gaza fizeram mais 33 mortos, incluindo 13 crianças.
Ao sétimo dia de violência há a registar 181 óbitos, das quais 52 menores. Do lado israelita, as autoridades falam em 10 mortos.
Os combates começaram em 10 de maio, após semanas de tensão entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.
Ao lançamento maciço de foguetes por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza.
O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.