30 mai, 2021 - 12:59 • Aura Miguel
“No próximo dia 1 de julho, vou encontrar-me, no Vaticano, com os principais responsáveis das comunidades cristãs presentes no Líbano, para uma jornada de reflexão sobre a preocupante situação do país e para rezarmos juntos pelo dom da paz e da estabilidade”, anunciou o Papa neste domingo de manhã.
No final do Angelus, Francisco disse confiar “estas intenções à intercessão da Mãe de Deus, tão venerada no santuário de Harissa”.
“A partir deste momento, peço-vos para acompanharem a preparação deste evento com a oração solidária, invocando, para aquele amado país, um futuro mais sereno”, pediu.
Francisco tem mantido sucessivos contactos com as autoridades políticas e com os responsáveis cristãos daquele país do Médio Oriente com forte identidade cristã. Por diversas vezes, o Papa manifestou o seu desejo de visitar o Líbano, desde que haja condições de estabilidade na “terra dos cedros”, mas a complexa situação política que não parece ter fim, terá motivado este encontro no Vaticano.
Após um encontro com o primeiro-ministro libanês, (...)
A preocupação pelo futuro do Líbano já tinha sido manifestada em 1989 por João Paulo II, quando, após 15 anos de guerra civil, publicou uma Carta Apostólica onde adverte que “o desaparecimento do Líbano seria uma das maiores tristezas do mundo” e que salvar o Líbano é “uma das tarefas mais urgentes e nobres que o mundo contemporâneo deve assumir”.
Após nova guerra civil, João Paulo II presidiu, em 1995, no Vaticano, a uma Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos sobre o Líbano, de onde saiu um apelo para os católicos trabalharem de maneira mais eficaz com as outras Igrejas cristãs e cooperarem com os libaneses de outras religiões.
Até agora, três Papas já visitaram o Líbano: Paulo VI (1964), João Paulo II (1997) e Bento XVI (2012).
Segundo dados da ONU em 2019 o valor de refugiados(...)
Ainda no final do Angelus deste domingo, o Papa aplaudiu o testemunho de coragem e fé de três enfermeiras da Cruz Vermelha espanhola, ontem beatificadas na cidade de Astorga. Pilar, Olga e Otávia foram mortas por ódio à fé, enquanto tratavam dos feridos, em 1936 durante a guerra civil.