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Bispos sobre o Líbano: "Que o mundo não esqueça a tragédia e não faça ouvidos moucos aos gritos"

31 mai, 2021 - 17:40 • Ecclesia

Conselho das Conferências Episcopais da Europa recorda que país do Médio Oriente tem história de "liberdade, diálogo e convivência pacífica sob a bandeira dos direitos fundamentais".

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A presidência do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) apela “à consciência” das nações e dos seus líderes “para que o mundo não esqueça a tragédia” no Líbano e invoca o dom da paz e da estabilidade.

“Apelamos à consciência das nações e dos seus líderes, para que o mundo não esqueça a tragédia e não faça ouvidos moucos aos gritos dos pobres e sofredores”, lê-se num comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

O Conselho das Conferências Episcopais da Europa pede, “sem restrições externas”, que se restabeleça “a justiça”, se reconheça “a identidade individual, coletiva e nacional”, respeitar os valores religiosos e civis da tradição do Líbano.

“Apoiar a recuperação da economia e a reconstrução de um tecido social constituído pelo diálogo e pela coexistência colaborativa de religiões, culturas e diversidades sociais”, acrescenta.

O CCEE destaca que “é bem conhecida e que ninguém pode esquecer” a história “de dignidade e cultura, de acolhimento e solidariedade” do Líbano, com tantos sofredores da Síria e da Palestina.

“É uma história de liberdade, diálogo e convivência pacífica sob a bandeira dos direitos fundamentais”, realça.

Francisco anunciou a realização de um encontro com os principais responsáveis das comunidades cristãs do Líbano, no dia 1 de julho, no Vaticano, uma iniciativa para analisar a “preocupante situação do país” e rezar “juntos pelo dom da paz e da estabilidade”.

“Nada está perdido se estivermos dispostos e agirmos com honestidade oportuna. Nada é impossível. Tudo está nas mãos dos homens com a ajuda do Deus misericordioso e justo. Ele vê as obras dos homens e entende as intenções dos corações”, desenvolve a presidência do CCEE, aceitando o convite do Papa.

O Conselho das Conferências Episcopais da Europa salienta que na perspetiva da reconstrução, a Igreja Católica está presente no Líbano com “a mensagem do Evangelho” e com instituições educativas, de saúde e sociais.

“São conhecidos por todos e estão disponíveis para o bem comum. O apoio dessas presenças operacionais representa o interesse concreto em reforçar o tecido social e vislumbrar um futuro melhor. É sabido que o futuro de um país é um bem não só para si mas para a humanidade”, assinalam, sublinhando a contribuição do Líbano para um Médio Oriente “plural, tolerante e diverso”.

A presidência do CCEE une-se aos pedidos da assembleia dos patriarcas e bispos católicos do Líbano, de “um povo que sofre muito pelo medo e pela incerteza” sobre o futuro, uma situação que “ninguém – povos ou indivíduos – deveria viver no mundo”.

A 4 de agosto de 2020, uma explosão no porto de Beirute, a capital do Líbano, provocou vários mortos, milhares de feridos e elevados danos materiais e, passado um mês, O Papa Francisco promoveu um dia universal de oração e jejum por este país, já depois de ter enviado um donativo de 250 mil euros para ajudar a população, através do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral (Santa Sé).

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