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EUA elogiam "forte liderança do Papa na pandemia, ambiente e defesa da dignidade humana"

28 jun, 2021 - 17:13 • Aura Miguel

Francisco recebeu o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, enviado da nova administração liderada por Joe Biden.

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O Papa Francisco manifestou a sua “afeição” pelo povo americano no encontro desta segunda-feira com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken.

O Vaticano disse, em comunicado, que o encontro durou cerca de 40 minutos, o que é considerado muito tempo, uma vez que Blinken não é o principal líder da administração norte-americana.

A reunião à porta fechada, no Palácio Apostólico, "decorreu numa atmosfera cordial", disse o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, e "foi, para o Papa, uma ocasião para recordar a sua visita de 2015 e expressar o seu afeto e atenção ao povo dos Estados Unidos da América".

Nos últimos anos, a hierarquia da Igreja Católica nos EUA tem-se polarizado em relação à política e ao comportamento dos políticos, mas Blinken não quis falar do assunto. Interrogado pelos jornalistas, no final do encontro com o Papa, sobre a campanha dos bispos dos Estados Unidos para negar comunhão aos políticos que se dizem católicos, como o Presidente dos EUA, mas que apoiam o direito ao aborto, Blinken afirmou: “Um dos luxos do meu trabalho é não fazer política doméstica”.

O secretário de Estado norte-americano descreveu a conversa com o Papa como “extremamente calorosa e abrangente” e elogiou “a forte liderança de Sua Santidade na pandemia, na mudança climática, na defesa da dignidade humana”.

Mais tarde, um comunicado do porta-voz de Blinken referiu que esta visita serviu também para assegurar ao Papa "o compromisso dos Estados Unidos de trabalhar em estreita colaboração com a Santa Sé para enfrentar os desafios globais e as necessidades dos menos afortunados e mais vulneráveis do mundo, incluindo refugiados e migrantes”.

Blinken também agradeceu a Francisco a “liderança de longa data sobre a necessidade de enfrentar as mudanças climáticas”.

Os direitos humanos e a liberdade religiosa na China também foram discutidos em conversas separadas de Blinken com o nº 2 da Santa Sé, o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, e com o arcebispo Paul Gallagher, seu ministro das Relações Exteriores.

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