03 ago, 2021 - 08:50 • Olímpia Mairos
O bispo da Diocese de Vila Real, D. António Augusto Azevedo, na mensagem de início de ano pastoral, dirigida a todos os diocesanos, afirma que vai ser necessário um “grande esforço para reativar a vida das comunidades cristãs”.
“Requere-se de todos, clero e leigos, famílias, jovens e adultos, um forte empenhamento na dinamização da vida eclesial em todas as suas expressões. Do retomar da participação nas eucaristias à atividade da catequese e de grupos e movimentos, tudo vai necessitar de um maior compromisso e entusiasmo de todos”.
O prelado esclarece que o plano de pastoral para o próximo ano “é o instrumento orientador da vida da diocese e da ação concreta das instituições que dela fazem parte”.
“Ele representa também um sinal da consciência de que constituímos a mesma Igreja, caminhamos juntos e assumimos uma missão comum. Em tempos de maior incerteza, dispersão e individualismo, como são estes em que vivemos, tem enorme importância e significado saber que, enquanto cristãos e membros desta Igreja Local, não estamos sós, mas partilhamos sonhos e preocupações, temos projetos comuns, orientações claras e objetivos definidos”, sublinha D. António Augusto Azevedo.
No centro das preocupações da Igreja diocesana estará a celebração do centenário da diocese de Vila Real, que, segundo o bispo de Vila Real, “dará um brilho especial ao próximo ano”.
Neste contexto, indica que que as várias iniciativas previstas no programa procurarão “assinalar condignamente a efeméride e favorecer o crescimento da consciência de ser diocese, de pertença a esta Igreja Local”.
D. António Augusto Azevedo destaca ainda que, em comunhão com toda a Igreja que está a viver o Ano da Família Amoris Laetitia, o próximo ano pastoral terá no acompanhamento das famílias um objetivo importante.
“Apesar do grande trabalho feito nos últimos anos por vários movimentos e comunidades no apoio à família, é necessário dar novos passos em frente, relativamente à descoberta do valor do matrimónio, à preparação dos noivos, ao acompanhamento de casais e famílias, dando especial atenção às ‘famílias feridas’”, defende o bispo de Vila Real.
No que toca aos jovens, o prelado apresenta como desafio a preparação da Jornada Mundial da Juventude que terá lugar em 2023 e, neste sentido, considera que é indispensável que, a partir de agora, os jovens se “associem aos grupos das paróquias, arciprestados e aos vários movimentos de juventude para preparem a sua participação” bem como “o acolhimento dos jovens da Europa e do mundo que virão até nós”.
Por fim, o responsável da Diocese de Vila Real aponta a sinodalidade como o caminho a percorrer também no próximo ano.
“A Igreja por natureza é comunhão, mas precisa de o exprimir num estilo cada vez mais sinodal, traduzido na capacidade de caminhar em conjunto, de ser um espaço onde se experimenta e cultiva o diálogo, a partilha e a corresponsabilidade”, escreve D. António Augusto.
O bispo de Vila Real lembra que o Papa Francisco convocou para 2023 um Sínodo dos Bispos sobre o tema: «Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão», e assegura que a Igreja diocesana de Vila Real quer “aproveitar esta oportunidade para refletir e dar passos concretos na construção da Igreja do futuro, cada vez mais fiel ao espírito de Jesus Cristo”.
O Plano Pastoral da Diocese de Vila Real para 2021-2022 tem como lema ‘Permanecer Unidos em Cristo’, insere-se no caminho iniciado no ano pastoral de 2020, assente no tema ‘Aprofundar as Raízes’, e vai conduzir a diocese ao centenário que se celebra em 2022, com o lema ‘Frutificar com Alegria’.