18 ago, 2021 - 07:24 • Marta Grosso com redação
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O Papa Francisco lança nesta quarta-feira um forte apelo à vacinação contra a Covid-19. Num vídeo em que junta a sua voz à dos bispos da América do Norte e do Sul, elogia o trabalho de investigadores e cientistas na produção de vacinas seguras e eficazes e exorta as pessoas a serem vacinadas.
“Graças à graça de Deus e ao trabalho de muitos, agora temos vacinas para nos proteger da Covid-19”, afirma o Papa na mensagem feita em nome da organização norte-americana sem fins lucrativos Ad Council e da aliança de saúde pública COVID Collaborative.
As vacinas “dão-nos esperança para acabar com a pandemia, mas apenas se estiverem disponíveis para todos e se trabalharmos juntos”, afirma.
“A vacinação é uma forma simples, mas profunda de promover o bem comum e cuidar uns dos outros, especialmente dos mais vulneráveis. Rezo a Deus para que todos possam contribuir com seu próprio grão de areia, seu pequeno gesto de amor”, refere na última mensagem de vídeo.
A campanha pela vacinação de todos e para todos “É contigo” é promovida pela “Ad Council” e a “COVID Collaborative” com o objetivo de promover a confiança nas vacinas contra a Covid-19.
Esta ação conta a participação de mais de mil personalidades políticas, do mundo da medicina e de várias religiões, onde se contam seis cardeais e arcebispos dos Estados Unidos e da América do Sul e Central e líderes das confissões religiosas protestantes, evangélicas, judaicas e inter-religiosas.
Francisco foi vacinado em março, dizendo na altura que era uma obrigação ética.
As vacinas estão amplamente disponíveis nos países mais desenvolvidos, mas a desconfiança e a hesitação sobre as vacinas recém-desenvolvidas fizeram com que muitas pessoas se recusassem a tomá-las, deixando-as especialmente vulneráveis à medida que a variante Delta se espalha. Em contraste, as nações mais pobres ainda não têm acesso ao medicamento em grande escala.
Os especialistas alertam que, se o vírus puder circular em grandes grupos de pessoas não vacinadas, deverão aparecer variantes cada vez mais perigosas.
A pandemia provocou pelo menos 4.370.427 mortes em todo o mundo, entre mais de 207,84 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.