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​Igreja Católica presta "homenagem agradecida" a Jorge Sampaio

10 set, 2021 - 13:14 • Redação

Conferência Episcopal diz que o antigo Presidente da República procurou "criar uma autêntica rede de solidariedade entre culturas, civilizações e religiões”.

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A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) presta uma “homenagem agradecida” a Jorge Sampaio, o antigo Presidente da República que morreu esta sexta-feira aos 81 anos.

Os bispos portugueses destacam, em comunicado, o percurso de Jorge Sampaio em defesa dos direitos humanos, “uma vida plena de humanidade”.

“A Conferência Episcopal Portuguesa, por ocasião do falecimento do Dr. Jorge Sampaio, quer exprimir uma homenagem agradecida pela sua vida plena de humanidade, uma vida dedicada à solidificação da democracia, à defesa dos direitos humanos e ao serviço da causa pública em várias funções autárquicas, nacionais e internacionais, particularmente como Presidente da República de 1996 a 2006”, refere a nota de condolências da CEP.

A Conferência Episcopal recorda que a “grande atenção do Dr. Jorge Sampaio às causas humanitárias teve expressão concreta na fundação e presidência da Plataforma Global para Estudantes Sírios em 2013, associação de assistência académica de emergência e solidariedade efetiva que apoiou centenas de estudantes sírios”.

“Ainda a nível internacional, é de salientar o cargo que exerceu como Alto Representante da Aliança das Civilizações, uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para fomentar o diálogo e a cooperação internacionais, interculturais e inter-religiosos contra os radicalismos e extremismos, procurando criar assim uma autêntica rede de solidariedade entre culturas, civilizações e religiões”, sublinha os bispos portugueses.


Jorge Sampaio. Da luta política à defesa dos direitos humanos
Jorge Sampaio. Da luta política à defesa dos direitos humanos

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.

Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.

Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Durante o seu segundo mandato, em 2003, organizou a primeira reunião do "Grupo de Arraiolos", constituído por chefes de Estado da UE sem funções executivas.

Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.

Comentários
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  • Adélio Pequenino
    11 set, 2021 terras da vernária 21:34
    Eis uma frase recente do papa Francisco: a igreja tem muitos diabos. E pediram licença para entrar nela. Comento: é uma triste realidade. Os diabos que estão dentro da igreja, com licença, ou autorização, mantem relações cordiais com os diabos politicos que negam a existência de Deus. Ambos tem os dias contados. Cristo vai aparecer, de repente, para os julgar. Não é isso que rezais no credo? Há - de vir para JULGAR OS VIVOS E OS MORTOS. Boa noite e um Santo Domingo de conversão.
  • Ivo Pestana
    10 set, 2021 Funchal 12:42
    Concordo e não precisava de ir à igreja, para ser bom.

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