29 set, 2021 - 11:14 • Olímpia Mairos
A Diocese de Vila Real criou uma comissão para dinamizar o órgão sinfónico com 2.180 tubos da Sé, organizar um programa de concertos e implementar iniciativas dirigidas aos mais novos.
O decreto de criação da comissão, assinado pelo bispo diocesano, D. António Augusto Azevedo, destaca “o lugar incomparável” do órgão sinfónico “na história da música ocidental e as suas capacidades únicas para a execução de um vasto e específico reportório de obras para concerto”.
De acordo com a nota enviada à Renascença, a comissão é constituída por dez pessoas e presidida pelo monsenhor Agostinho da Costa Borges, integrando ainda Giampaolo Di Rosa, organista titular, Frederico Ferreira, diretor do coro da Sé de Vila Real, entre outros sacerdotes e leigos.
De entre os objetivos da comissão destaca-se a promoção da importância litúrgica e cultural do órgão sinfónico da Sé, “zelar pelo seu uso adequado e pelo bom estado de conservação, organizar um programa regular de concertos e estabelecer contactos com entidades públicas e privadas para obter apoios que fomentem a atividade de concertos e outras iniciativas relativas ao órgão sinfónico”.
Cabe ainda à comissão, agora nomeada, divulgar a “atividade de concertos de órgão, procurando chegar a novos públicos, suscitar dinâmicas que favoreçam o conhecimento e o interesse das comunidades da diocese e os coros litúrgicos e implementar iniciativas dirigidas aos mais jovens, tendo em vista despertar o conhecimento e gosto pelo órgão sinfónico e o surgir de futuros organistas”.
O órgão sinfónico de 2.180 tubos, uma peça de arte feita em Itália, ocupa uma das fachadas internas da Sé, possui quatro teclados e 33 registos e representou em 2016 um investimento de 500 mil euros, comparticipados por fundos comunitários.
Para esta quarta-feira, às 21h, está agendado o concerto “Bach e o romantismo I” com o organista Giampaolo Di Rosa.