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Morreu o cardeal que ajudou a alcançar a paz em Moçambique

30 set, 2021 - 10:34 • Olímpia Mairos , Cristina Branco

D. Alexandre dos Santos participou ativamente no processo de pacificação do país que culminou com a assinatura do acordo geral de paz em 1992, e na criação da Universidade São Tomás de Moçambique.

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Morreu, na quarta-feira, vítima de doença, o cardeal D. Alexandre José Maria dos Santos. A notícia foi confirmada à Renascença por fonte da Conferência Episcopal de Moçambique.

O bispo nasceu em Zavala, província de Inhambane, no dia 18 de março de 1924, segundo fontes oficiais, e foi ordenado sacerdote no dia 25 de junho de 1953, em Lisboa. Alguns órgãos de informação moçambicanos indicam que nasceu em 1918, o que lhe daria 103 anos, mas a sua biografia no site da Santa Sé indica 1924.

Franciscano da Ordem dos Frades Menores, exerceu o seu ministério pastoral nas missões franciscanas de Inhambane entre os anos de 1954 e 1972. Liderou a custódia franciscana de Moçambique e tornou-se reitor do Seminário Menor em Vila Pery, atual Chimoio, até 1974.

Em 23 de dezembro de 1974, foi nomeado arcebispo de Lourenço Marques pelo Papa Paulo VI, tornando-se o primeiro arcebispo moçambicano e o terceiro na ordem de sucessão, tendo sido ordenado no dia 9 de março de 1975.

Foi nomeado cardeal presbítero em 1988, pelo Papa João Paulo II.

D. Alexandre dos Santos foi arcebispo de Maputo entre 1975 e 2003. Após resignar, em 2003, tornou-se arcebispo-emérito de Maputo.

D. Alexandre dos Santos participou ativamente no processo de pacificação de Moçambique que culminou com a assinatura do acordo geral de paz em 1992.

Foi o fundador da Universidade São Tomás de Moçambique, e fundou também a Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora Mãe de África, da Arquidiocese de Maputo. No seu percurso, o arcebispo apostou muito na educação.

[Notícia atualizada às 19h52]

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