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Papa está "muito triste com o que se passou" no Equador

03 out, 2021 - 13:13 • Redação com Ecclesia

"Fiquei muito triste com o que se passou, há dias, no cárcere de Guayaquil, no Ecuador: uma terrível explosão de violência, entre os presos pertencentes a bandos rivais, provocou mais de cem mortos e numerosos feridos", disse o Papa, após a recitação do Angelus deste domingo.

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O Papa Francisco manifestou este domingo tristeza face à "terrível explosão de violência" ocorrida numa prisão do Equador, pedindo a ajuda de quem lá trabalha para tornar mais humana a vida nas prisões.

"Fiquei muito triste com o que se passou, há dias, no cárcere de Guayaquil, no Ecuador: uma terrível explosão de violência, entre os presos pertencentes a bandos rivais, provocou mais de cem mortos e numerosos feridos. Rezo por eles e pelas suas famílias", dise o Papa, após a recitação do Angelus.

"Que Deus nos ajude a curar as chagas do crime que escraviza os mais pobres. E ajude os que trabalham todos os dias para tornar mais humana a vida nas prisões", completou.

Nesta intervenção, Francisco voltou também a apelar ao dom da paz em Myanmar: "Desejo, novamente, implorar a Deus o dom da paz para a amada terra do Myanmar, para que as mãos dos que lá vivem não tenham de enxugar mais lágrimas de dor e de morte, mas possam apertar-se para superar as dificuldades e trabalharem juntas para o advento da paz."

Ser "pequeno" e confiar em Deus

O Papa denunciouainda a ilusão da “autossuficiência” de quem vive na “prosperidade”, referindo que os católicos se devem tornar “pequenos” e confiar em Deus.

“Na oração, o Senhor abraça-nos, como um pai ao seu filho. Assim, tornamo-nos grandes: não na pretensão ilusória de nossa autossuficiência, isso não torna ninguém grande, mas na força de colocar toda a esperança no Pai. Assim como fazem os pequeninos”, disse, desde a janela do apartamento pontifício do Vaticano, perante milhares de peregrinos reunidos para a recitação da oração do ângelus.

Francisco alertou para o “engano” de confiar no próprio sucesso.

“Na prosperidade, no bem-estar, temos a ilusão de ser autossuficientes, de nos bastarmos a nós mesmos, de não precisarmos de Deus. Irmãos e irmãs, isto é um engano, porque cada um de nós é um ser necessitado, um pequenino”, insistiu.

O Papa convidou cada batizado a “reconhecer-se como pequeno”, necessitado de salvação, e a deixar cair a “máscara da superficialidade”.

“Crescemos não tanto pelos sucessos e pelas coisas que temos, mas sobretudo nos momentos de luta e fragilidade”, apontou.

Os contratempos, as situações que revelam nossa fragilidade são ocasiões privilegiadas para experimenta o amor de Deus. Quem reza com perseverança sabe bem disso: nos momentos de escuridão ou de solidão, a ternura de Deus para connosco torna-se – por assim dizer – ainda mais presente”.

Após a recitação do ângelus, o Papa evocou a beatificação, este domingo, na diocese italiana de Catanzaro-Squllace, de Nuccia Tolomeo (1936-1997) e Mariantonia Samà (1875-1953), “duas mulheres que se viram obrigadas à imobilidade física, durante toda a sua vida”.

“Apoiadas pela Graça divina, abraçaram a cruz da sua doença, transformando a dor num louvor ao Senhor”, observou.

Francisco recordou que muitas pessoas procuraram nelas “conforto e esperança”, sendo recordadas como “pontos de referência espiritual”, pedindo um aplauso para as novas beatas.

A Itália celebra hoje o dia pelo fim das barreiras arquitetónicas e o Papa pediu o compromisso de todos, para construir “uma sociedade onde ninguém se sinta excluído”.

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