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Faz bem à alma caminhar "com o povo", lembra Papa

03 nov, 2021 - 11:30 • Henrique Cunha

Francisco alertou para os perigos da intriga que “esfolam o próximo”.

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Na audiência geral desta quarta-feira, no Vaticano, Francisco continuou a reflexão em torno da Carta de São Paulo aos Gálatas.

"Caminhar segundo o Espírito" foi o tema da sua reflexão, com o Papa a revisitar a ideia de termos pastores próximos do seu rebanho.

"Como é bonito encontrar pastores que caminham com o seu povo, que não se distanciam", disse Francisco, explicando tratar-se de pastores que não dizem: "Eu sou mais importante, eu sou um pastor, eu sou um padre, eu sou um bispo, com o nariz empinado, mas pastores que caminham com o povo. Isso é muito bonito e faz bem à alma", sublinhou.

Para o Papa “caminhar segundo o Espírito" não é apenas uma ação individual. “Diz respeito também à comunidade como um todo” e “construir a comunidade seguindo o caminho indicado pelo apóstolo é emocionante e desafiador”, acrescentou.

Mais à frente lembrou que os "desejos da carne", as tentações que todos nós temos, ou seja, inveja, preconceito, hipocrisia e ressentimento continuam a fazer-se sentir”, e que “recorrer a preceitos rígidos pode ser uma tentação fácil”, mas isso leva a que se saia “do caminho da liberdade e, em vez de se subir ao cume, volta-se para baixo”.

“Percorrer o caminho do Espírito exige em primeiro lugar dar espaço à graça e à caridade. Dar espaço à graça de Deus sem medo”, enfatizou.

Alertou depois para os perigos da intriga que “esfolam o próximo”, defendendo que “isso não está de acordo com o Espírito”, pois este impele-nos para “ter humildade” e provoca “doçura com o irmão”, mesmo quando o temos de corrigir. “Como é fácil criticar os outros! Há pessoas que parecem ter-se formado em boatos” e “todos os dias criticam os outros”, desabafou.

Francisco sublinhou ainda que "a regra suprema da correção fraterna é o amor” e defendeu “a mansidão, a paciência, e oração e proximidade" como caminhos a percorrer.

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