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Papa alerta para a violência em África e apela ao diálogo

07 nov, 2021 - 12:02 • Redação

Francisco disse ainda ser preciso libertar a religião de "laços com o dinheiro", questionando quem vive uma fé centrada nas “aparências”.

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"Cuidado para não vergar a fé aos nossos interesses", alerta Papa
"Cuidado para não vergar a fé aos nossos interesses", alerta Papa

O Papa está preocupado com os que vivem na região africana do Corno de África. Esta manhã, depois da habitual oração do Angelus, no vaticano, Francisco convidou os cristãos a rezar pelas vítimas do conflito na Etiópia.

“Sigo com preocupação as notícias que vêm do Corno de África, em particular da Etiópia, atingida por um conflito que se prolonga por mais de um ano e que causou numerosas vítimas e uma grave crise humanitária. Convido todos à oração por aquela população tão duramente provada e renovo o meu apelo para que prevaleça a concórdia fraterna e a via pacífica do diálogo.”

Na mesma ocasião lembrou as vítimas da explosão com o camião de combustível na Serra Leoa. O acidente ocorreu na capital Freetown, tendo provocado mais de 90 mortes.

Francisco questiona fé centrada em aparências

Antes da oração, o Papa disse que a religião deve estar separada de qualquer ligação com o dinheiro, questionando quem vive uma fé centrada nas “aparências” e no julgamento dos outros.

“Cuidado com os hipócritas, isto é, tomem cuidado para não basear a vida no culto da aparência, da exterioridade, no cuidado exagerado da própria imagem. E, sobretudo, cuidado para não vergar a fé aos nossos interesses”.

Segundo Francisco, “os escribas cobriam sua vanglória com o nome de Deus e, pior ainda, usavam a religião para cuidar dos seus negócios, abusando da sua autoridade e explorando os pobres.”

“É um aviso para todos os tempos e para todos, Igreja e sociedade: nunca se aproveitem da sua função para esmagar os outros, nunca lucrar na pele dos mais fracos! E vigiar, para não cair na vaidade, para não nos fixarmos nas aparências, perdendo a substância e vivendo na superficialidade. Perguntemo-nos: naquilo que dizemos e fazemos, queremos ser apreciados e gratificados ou prestar um serviço a Deus e ao próximo, especialmente aos mais fracos? Vigiemos sobre a falsidade do coração e sobre a hipocrisia, que é uma perigosa doença da alma!”

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