10 nov, 2021 - 19:58 • Ecclesia
O Papa disse, esta quarta-feira, no Vaticano que o Cristianismo deve ser “livre” e inspirado pelo Espírito, convidando os católicos a invocar este dom, diariamente.
“Com a presença do Espírito, salvaguardamos a liberdade. Seremos livres, cristãos livres, não apegados ao passado no mau sentido da palavra, não acorrentados a práticas. A liberdade cristã é que nos faz amadurecer”, referiu, na audiência pública semanal que decorreu no Auditório Paulo VI.
Francisco sublinhou a necessidade de “invocar o Espírito Santo com mais frequência”, na oração diária, “espontânea”, no coração de cada um.
Esta oração irá ajudar-nos a caminhar no Espírito, na liberdade e na alegria, porque quando o Espírito Santo vem, vem a alegria, a verdadeira alegria”, acrescentou.
A catequese semanal encerrou o ciclo de reflexões do Papa dedicadas à Carta de São Paulo aos Gálatas.
“Foi um verdadeiro teólogo, que contemplava o mistério de Cristo e o transmitia com a sua inteligência criativa. E foi também capaz de exercer a sua missão pastoral a uma comunidade desorientada e confusa”, disse o Papa, sobre o Apóstolo.
Francisco destacou que São Paulo (séc. I) defendeu a liberdade, que Cristo trouxe, “com paixão”.
“A liberdade não equivale de modo algum à libertinagem, nem conduz a formas presunçosas de autossuficiência. Pelo contrário, Paulo colocou a liberdade na sombra do amor e estabeleceu o seu exercício coerente, ao serviço da caridade”, precisou.
No final do encontro, o Papa dirigiu-se aos peregrinos de língua portuguesa, aludindo à tradicional evocação dos fiéis defuntos.
“O mês de novembro lembra-nos o destino eterno que nos espera e lembra-o de várias formas, sendo uma delas a recordação saudosa dos nossos entes queridos defuntos”, disse.
“Eles deixaram-nos um dia com o pedido, tácito ou explícito, da nossa ajuda espiritual na sua travessia para o Além. Sabeis que as nossas mãos em oração chegam até ao Céu, e assim podemos acompanhá-los até lá, consolidando neles e em nós mesmos as amarras que nos ligam à eternidade”, prosseguiu Francisco, antes de conceder a sua bênção.