14 dez, 2021 - 17:15 • Teresa Paula Costa
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) decidiu não avançar com medidas adicionais de prevenção da Covid-19 para as celebrações religiosas do Natal. Em vigor continuam as medidas atuais, como o uso da máscara, o distanciamento e a desinfeção das mãos.
No final da reunião do Conselho Permanente, esta terça-feira em Fátima, o porta-voz da CEP, o padre Manuel Barbosa, disse aos jornalistas que “não há orientações específicas e, neste momento, são as que estão em vigor, de acordo com as que vêm das autoridades de saúde e governamentais”.
Por isso, nesta altura, o apelo é “que haja todos os cuidados básicos que já conhecemos”, adiantou o porta-voz dos bispos portugueses.
Segundo o sacerdote, as medidas têm sido cumpridas e a Igreja espera que o sejam “com mais rigor ainda nesta fase de maior celebração”.
Suspensas continuam algumas tradições, como o beijo ao Menino e o gesto da paz, além das pias de água benta, pois “isso propiciaria possíveis contactos que é preciso evitar”, acrescentou o porta-voz da CEP.
Relativamente à questão da vacinação das crianças, o padre Manuel Barbosa disse que os bispos não analisaram a situação.
No entanto, defendeu que “se tiver todos os fundamentos científicos e questões médicas acauteladas é uma situação que (devemos incentivar)”.
Nesta conferência de imprensa, o porta-voz da Conferência Episcopal revelou ainda que o grupo que vai coordenar as comissões diocesanas para os abusos de menores vai ser criado em janeiro.
Este grupo poderá vir a colaborar com a recentemente criada Comissão Independente para o Estudo dos Abusos de Menores na Igreja, liderada pelo psiquiatra Pedro Strecht. A decisão caberá ao especialista e à sua equipa que, a 10 de janeiro, em conferência de imprensa, apresentará a metodologia a seguir pela Comissão.
Abusos sexuais
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De qualquer modo, garantiu o padre Manuel Barbosa, “esta colaboração não retira a independência da Comissão”.
Em cima da mesa dos bispos portugueses esteve também o documento ontem publicado pela Santa Sé relativo ao rito da instituição do ministério do catequista.
A conferência Episcopal vai continuar a analisar o documento até à próxima assembleia plenária de abril. “Cabe à conferência Episcopal definir ou caracterizar o perfil, o papel, a função e as formas mais coerentes para o exercício deste ministério” que não se limita a “alguém que está a dar catequese”, mas “que aqui tem uma abrangência muito maior no sentido da catequese e da evangelização, percursos formativos e formação das comunidades”.
De acordo com o padre Manuel Barbosa, o assunto vai ser estudado por “um grupo ligado à liturgia” que vai “preparar um documento baseado no que foi publicado pela Santa Sé para ser visto a nível local, num processo de auscultação”, antes de ser aprovado na assembleia plenária de abril.