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Vídeo do Papa. “Como permitimos que existam pessoas perseguidas por professar publicamente a sua fé?”

04 jan, 2022 - 15:55 • Ana Catarina André

Este mês de janeiro, Francisco reza pelas minorias religiosas que sofrem discriminação e perseguição.

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O Papa Francisco considera “inaceitável”, “desumano” e “insano” que “nesta sociedade altamente civilizada” continuem a existir pessoas discriminadas e perseguidas pela sua fé.

“Como permitimos que nesta sociedade altamente civilizada existam pessoas que são perseguidas simplesmente por professar publicamente a sua fé?”, questionada Francisco, numa iniciativa mensal da Rede Mundial de Oração do Papa.

“A liberdade religiosa não se limita à liberdade de culto, ou seja, a que se possa ter um culto no dia prescrito pelos seus livros sagrados, mas faz-nos valorizar os outros nas suas diferenças e reconhecê-los como verdadeiros irmãos”, sublinha o Papa numa mensagem vídeo.

Este mês de janeiro, Francisco reza pelas minorias religiosas, convidando todos a escolherem o “caminho da fraternidade”, “porque ou somos irmãos ou perdemos todos”.

“Como seres humanos, temos tantas coisas em comum que podemos conviver acolhendo as diferenças com a alegria de ser irmãos”, acrescenta.


De acordo com a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (Fundação AIS), instituição pontifícia que apoia o Vídeo do Papa deste mês, existe perseguição ou discriminação religiosa em um terço dos países do mundo, o que corresponde a um universo de cerca de 5,2 mil milhões de pessoas.

Segundo o Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, publicado em abril de 2021, mais de 646 milhões de cristãos vivem em países onde a liberdade de culto não é respeitada.

“Acreditamos firmemente que o direito de ser livre para praticar ou não qualquer religião é um direito humano fundamental que está diretamente relacionado com a dignidade de cada pessoa. Pode parecer óbvio, mas mesmo quando os direitos humanos estão na boca de todos, a liberdade religiosa geralmente tem uma existência obscura”, refere em comunicado Thomas Heine-Geldern, presidente executivo internacional da Fundação AIS.

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