07 jan, 2022 - 16:33 • Rosário Silva
Depois de dois mil quilómetros a calcorrear a diocese de Beja, os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) subiram no mapa e já andam pelas diferentes paróquias da arquidiocese de Évora.
Dezenas de jovens, na viragem do ano, receberam a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora que por águas do maior lago da Europa, fizeram a viagem entre o Cais de Alqueva e o Cais de Campinho, no concelho de Reguengos de Monsaraz, já no Alentejo Central.
Apesar das restrições, por causa da pandemia, na arquidiocese de Évora o entusiasmo não diminuiu e as expectativas para esta peregrinação estão elevadas. São 31 dias de um caminho que já começou, sustentado num programa virado para as comunidades locais.
“Quem melhor que as pessoas de cada comunidade para construir o seu próprio programa?”, questiona Nuno Camelo.
Este animador da Pastoral Juvenil da arquidiocese alentejana, refere que os símbolos vão percorrer “os locais mais inusitados”, ao encontro da “periferia” de que fala o Papa Francisco.
“Vamos ter a possibilidade de ver estes símbolos em espaços públicos, em espaços de convívio, em corporações de bombeiros, em escolas ou em lares de terceira idade, onde Jesus é esta presença que traz vida”, acrescenta.
Uma “vida” que encontra correspondência na Cruz Peregrina e no Ícone de Nossa Senhora, por estes dias de visita ao Alentejo e Ribatejo, regiões que integram a arquidiocese.
Na perspetiva do arcebispo D. Francisco Senra Coelho, a peregrinação dos símbolos deve ser vista como sinal de esperança e resiliência.
“Há muita gente caída no desânimo, na desilusão, muita gente que desiste, e hoje eu ouço no meu coração “Levanta-te!”. Caminha e dá força aqueles que se cruzam contigo na estrada de olhos baixos e em tom de desistência”, observa o prelado.
“É hora de nos levantarmos na coragem, porque a noite vai passar e vai ser preciso reconstruir pontes de unidade, fraternidade e solidariedade, e não muros de contenda, de ganância”, prossegue.
De resto, acredita D. Francisco Senra Coelho, “foi essa estrutura de muros que fez a natureza chorar e vomitar esta pandemia”, não sendo mais do que “o grito da Terra e dos pobres”.
Situação, acrescenta o arcebispo de Évora que apenas se resolve “com uma atitude nova de reconstruir pontes, dar as mãos e trabalharmos em redes”, pois só assim, “todos juntos, somos humanos, e é uma humanidade nova que queremos fazer”.
Novembro 2021 – Algarve
Dezembro 2021 – Beja
Janeiro 2022 – Évora
Fevereiro 2022 – Portalegre- Castelo Branco
Março 2022 – Guarda
Abril 2022 – Viseu
Maio 2022 – Funchal
Junho 2022 – Angra
Julho 2022 – Lamego
4 a 7 agosto 2022 – Peregrinação Europeia de Jovens em Santiago de Compostela
Agosto 2022 – Bragança-Miranda
Setembro 2022 – Vila Real
Outubro 2022 – Porto
Novembro 2022 – Setúbal
Dezembro 2022 – Forças Armadas e Segurança
Janeiro 2023 – Viana do Castelo
Fevereiro 2023 – Braga
Março 2023 – Aveiro
Abril 2023 – Coimbra
Maio 2023 – Leiria-Fátima
Junho 2023 – Santarém
Julho 2023 – Lisboa