13 jan, 2022 - 11:18 • Olímpia Mairos
Na mensagem para a Semana de Oração pelos Unidade dos Cristãos, D. Manuel Felício, que é o responsável do Departamento do Diálogo Ecuménico da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), exorta os cristãos a “reavivarem a grande responsabilidade de fazerem caminho rumo à unidade”.
O bispo da Guarda escreve que “descobrir os novos caminhos” que podem “conduzir as diferentes confissões cristãs à desejada unidade, é a grande preocupação da Semana da Unidade” que decorre de 18 a 25 de janeiro.
O tema da edição deste ano da semana de oração é centrado no episódio bíblico dos Magos ou Sábios vindos do Oriente e sublinha a afirmação: “Nós vimos a Sua estrela no Oriente e viemos adorá-Lo”.
“Na figura dos magos ou sábios, os especialistas tradicionalmente têm visto um símbolo da diversidade dos povos conhecidos naquela época e um sinal de procura de Deus que existe, de facto, em todos os seres humanos”, esclarece o prelado, destacando, no entanto, que “a estrela de Belém é um sinal de que Deus caminha com o seu Povo, sente a sua dor, ouve os seus gritos e mostra compaixão por ele”.
“Também no meio das muitas dificuldades, criadas pelas divisões históricas entre as confissões cristãs, a estrela é o dedo de Deus que a todos conduz para aquela unidade desejada e pedida por Jesus”, assinala D. Manuel Felício.
Para uma maior vivência da Semana de Oração 2022, estão disponíveis vários materiais no site do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos da Santa Sé, preparados pelo Conselho das Igrejas do Oriente Médio, com sede no Líbano.
Segundo o bispo da Guarda, o texto de apoio à Semana de Oração “é uma boa ajuda para todas as comunidades cristãs, nas suas agendas, e, nomeadamente, nas celebrações habituais, quer de semana quer de domingo, a reavivarem a grande responsabilidade de fazerem caminho rumo à unidade”.
O ‘oitavário pela unidade da Igreja’, hoje com outra denominação, começou a ser celebrado em 1908, por iniciativa do norte-americano Paul Wattson, presbítero anglicano que, mais tarde, se converteu ao catolicismo.
O ecumenismo é o conjunto de iniciativas e atividades tendentes a favorecer o regresso à unidade dos cristãos, quebrada no passado por cismas e ruturas.