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D. José Cordeiro vai para Braga como “peregrino do Evangelho da Esperança”

06 fev, 2022 - 09:00 • Olímpia Mairos

Em Bragança, o ministério episcopal do eleito arcebispo metropolita de Braga fica marcado pelo dinamismo pastoral e pela proximidade.

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Na hora de deixar Bragança-Miranda, D. José Cordeiro fala de “saudade, gratidão e esperança”.

O prelado partilha “uma memória agradecida da proximidade de vida, de modo especial, nestes dez últimos anos, com Deus, com o presbitério e com o povo santo Deus”.

“E tudo é graça!”, diz D. José, resumindo a despedida a duas palavras: “Até sempre!”

Durante a década que esteve em terras do Nordeste Transmontano, D. José Cordeiro percorreu toda a diocese em visita pastoral e fez-se próximo de todos, dentro da Igreja e junto dos mais diversos setores da sociedade civil.

Imprimiu um grande dinamismo pastoral, com destaque para a reorganização da diocese em unidades pastorais, e a todos procurou envolver na evangelização. Nunca esqueceu os mais fracos e os mais velhos, alertando muitas vezes para o drama da solidão dos idosos.

As crianças e os jovens também estiveram no centro da sua missão: às primeiras dedicou uma carta pastoral e aos jovens desafiou a serem peregrinos da Lectio Divina, oração orante da Palavra de Deus.

Nos 10 anos que esteve à frente da Diocese de Bragança-Miranda, o prelado ordenou oito padres.

O ministério episcopal de D. José Cordeiro fica marcado, ainda, pela vinda para a diocese das monjas Trapistas de Vitorchiano, Itália. Em terras de Palaçoulo, no concelho de Miranda do Douro, está a construir-se o Mosteiro Trapista de Santa Maria Mãe da Igreja.

Foi também no seu governo que Bragança-Miranda passou a ter duas basílicas menores: a de Santo Cristo de Outeiro, em Bragança, e, mais recentemente, a igreja matriz de Torre de Moncorvo.

Em dezembro de 2021, D. José Cordeiro aceitou o convite do Papa Francisco e foi nomeado arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas e vai, assim, assumir aquela que é uma das mais importantes dioceses em Portugal, pela sua relevância histórica.

À Renascença, D. José Cordeiro diz que vai “com fé, humildade e confiança”.

“Peço a Deus um coração pulsante que vê e que que escuta. Vou como peregrino do Evangelho da esperança, nesta atitude simples, mas decidida, na missão do essencial. O bispo é um homem entre os homens, chamado a ser um cristão original e um servidor do Evangelho da esperança”.

D. José Cordeiro nasceu em Angola, em 1967, tendo vindo, em 1975, para Portugal, onde passou a viver em Alfândega da Fé.

Ingressou no seminário e foi ordenado padre, em junho de 1991. Foi ordenado bispo em 2011, tendo-lhe sido confiada a diocese de Bragança-Miranda que, agora, deixa para assumir a Arquidiocese de Braga, como arcebispo.

No âmbito da Conferência Episcopal Portuguesa, é presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade, desde 2014; desde 2017, vogal do Conselho Permanente e desde 2018, delegado aos Congressos Eucarísticos Internacionais.

É, ainda, desde 2016, membro da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

A Diocese de Bragança-Miranda despede-se, este domingo, de D. José Cordeiro com uma eucaristia solene de ação de Graças, na catedral.

A Eucaristia solene que assinala o início do ministério pastoral do arcebispo D. José Cordeiro, na Arquidiocese de Braga, é no dia 13 de fevereiro, na Sé de Braga, às 16h00. A tomada de posse é no dia 12 de fevereiro, às 16h00, também na sé.

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