06 fev, 2022 - 13:36 • Ana Catarina André
O Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, apelou este domingo a uma “verdadeira solidariedade que não deixe ninguém de fora”.
“Uma sociedade que o seja mesmo, onde as pessoas se acompanhem ao longo de toda a existência, da conceção à morte natural. Por isso, quando se fala de um novo humanismo olhamos para Jesus e vemos o que esse novo humanismo pode ser, não como utopia, mas como realidade”, disse na missa a que presidiu, no Parque das Nações, em Lisboa por Dia Nacional da Universidade Católica (UCP).
Destacando o papel desta instituição de ensino, D. Manuel Clemente frisou que a UCP “oferece à sociedade portuguesa – sem que esta, concretamente a nível oficial, gaste nisso coisa que se veja – dezenas de milhares de diplomados que servem nas mais diversas latitudes de Portugal e por esse mundo além”.
D. Manuel frisou, ainda, a importância de desenvolver os talentos de cada um, indo ao seu encontro e desenvolvendo “nele aquilo que lá está e não o dispensar naquilo que pode contribuir”.
Referindo-se ao tema escolhido, este ano, para assinalar as celebrações do Dia Nacional da Universidade – “Por um novo humanismo” – o Cardeal-Patriarca de Lisboa, que é também magno chanceler da UCP, explicou que “quando se fala de um novo humanismo, olhamos para Jesus e vemos o que esse novo humanismo pode ser, não como utopia, mas como realidade”.
No fim da Eucaristia, Isabel Capeloa Gil, reitora da Universidade Católica, afirmou que "o novo humanismo salienta a centralidade da pessoa sem a reduzir a um essencialismo individualista" e disse que se exerce " numa cultura de diálogo, na relação com o planeta como nossa casa comum, na proposta de uma cultura do acolhimento dos mais frágeis, de uma economia com crescimento solidário, de sociedades que garantam a igualdade de todos perante a lei, que defendam os valores da democracia".