13 fev, 2022 - 12:36 • Redação
Preocupado com a situação na Ucrânia, o Papa Francisco pede aos responsáveis políticos um derradeiro esforço pela paz.
No final do Ângelus, neste domingo de manhã, na Praça de São Pedro, no Vaticano, Francisco pediu a oração em silêncio.
"As notícias que chegam da Ucrânia são muito preocupantes”, começou por dizer. “Confio à interseção da Virgem a consciência dos responsáveis políticos para todos os esforços pela paz", pediu o Papa.
Durante o Ângelus, Francisco convidou os peregrinos presentes na Praça de São Pedro, onde se encontrava um grupo do Funchal e do Estreito de Câmara de Lobos, da Ilha da Madeira, a rezar em silêncio pela paz na Ucrânia.
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Na sua alocução dominical, o Papa Francisco refletiu sobre o texto do Evangelho das bem-aventuranças, que é lido nas missas deste domingo, referindo que Jesus, “apesar de estar rodeado de uma grande multidão, proclama-as voltando-se para os discípulos”.
“As bem-aventuranças definem a identidade dos discípulos de Jesus. Elas podem soar estranhas para quem não é discípulo”, afirmou o Papa.
Francisco referiu-se sobretudo à primeira das bem-aventuranças – “ditosos os pobres” – que é “a base” e todas as outras.
“O discípulo de Jesus não encontra a sua alegria no dinheiro ou outros bens materiais, mas nos dons que recebe em cada dia de Deus: a vida, a criação, os irmãos e as irmãs”, sublinhou.
Para o Papa, o discípulo partilha os bens que possui, “sabe que tem de aprender em cada dia”, é uma “pessoa humilde e aberta” e “sem preconceitos ou rigidez”.
“Quem está demasiado apegado às sua próprias ideias e às suas seguranças, quase nunca segue realmente Jesus. Talvez O escute, mas não O segue”, advertiu.
Francisco disse que o discípulo “sabe questionar-se, buscar Deus em cada dia, e isso permite-lhe enfrentar a realidade, acolhendo a sua riqueza e complexidade”.
Para o Papa, o que indica se uma pessoa é ou não discípulo de Jesus é saber se “tem alegria no coração”.
No fim do seu encontro com os peregrinos presentes na Praça de São Pedro, o Papa saudou “em particular” os madeirenses do Funchal e do Estreito de Câmara de Lobos.